Parking News

A via parece ter ficado mais estreita. Pudera. Nos últimos anos, os dois lados da rua passaram a ser ocupados por estacionamentos. E quem precisa cruzá-la ou sair de edifícios é obrigado a ter paciência. Em alguns pontos e horários, o tráfego emperra. De um lado, um carro tenta estacionar. Do outro, um veículo quer sair.

O resultado são congestionamentos constantes, seguidos de rosários de reclamações. Mas a Rua do Futuro não é única com esse tipo de problema. Ela é apenas um entre tantos exemplos.  Endereços próximos à Rua do Futuro apresentam praticamente a mesma dor de cabeça. Os horários de pico são um deus-nos-acuda na Rua Conselheiro Portela, bairro do Espinheiro.

Quilômetros dali, o nó se repete durante horas na Rua do Hospício, Boa Vista, tomada por carros de um lado, pedestres e ambulantes do outro. E parece se ampliar na Ada Vieira, em Casa Forte, ganhando contornos de desafios a qualquer engenheiro de trânsito na Rui Batista, em Boa Viagem. "Quem não tiver nervos de aço, adoece. Pode até infartar", acredita o corretor de imóveis José Paulino Nascimento, 63 anos, habituado a percorrer a cidade por causa dos negócios. 

Cansados das broncas rotineiras, os moradores decidiram apelar para o poder público. As bombas caíram no colo da Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU). Somente no primeiro trimestre deste ano foram 12 pedidos de proibição de estacionamento contra 40 solicitações em 2006.

Do total do ano passado, Boa Viagem aparece no topo da lista com seis processos abertos. Um deles se referia à Avenida Visconde de Jequitinhonha. Com o mesmo número de processos de Boa Viagem, a Boa Vista tem seis diferentes ruas listadas. A do Hospício figura entre elas.

A reclamação é quanto aos caminhões. Também houve queixas relacionadas às ruas Almeida da Cunha e Oliveira Lima. Entre os endereços listados das Graças estão as ruas Conselheiro Portela, Monte Castelo e Alberto Paiva.   "Quando as pessoas pedem para proibir estacionamento é porque geralmente as ruas ou avenidas não comportam mais", concluiu o diretor de Projetos da CTTU, Manoel Damasceno.

Curiosamente, a Rua do Futuro ou a Rui Batista não constam na estatística. Isso não quer dizer, segundo Damasceno, que o tráfego no logradouro não esteja saturado. Está sim. Dos oito metros de largura da Rua do Futuro, por exemplo, quatro já se destinam a estacionamentos.

A falta de reclamações oficializadas junto ao governo municipal esconde o fato de que são os moradores locais os mais beneficiados. "Os prédios antigos têm apenas uma garagem e muitas famílias, atualmente, possuem dois ou mais carros", indicou José Paulino. 

Aluga-se garagem   
 
O problema de falta de garagem suficiente para o número de carros das famílias é rotineiro em todos os bairros de classe média, nas zonas Norte ou Sul. A família do corretor de imóveis José Paulino, que mora na Boa Vista, retrata bem a situação. São quatro pessoas.

Todas possuem carro. E o apartamento reserva somente uma vaga. Restou-lhe alugar outras. Uma no próprio prédio, outra no edifício vizinho. O esforço não o livrou de deixar o quarto veículo a céu aberto. E as conseqüências foram roubos. "Já perdi dois carros".  

O universitário Thiago Iunes, 26, ressente-se da mesma questão. Ao apartamento da família, em Boa Viagem, é assegurada uma garagem. A segunda é alugada, porém não se conseguiu fechar o negócio para mais uma. O carro de Thiago fica na rua. "Acordei, certa vez, com o alarme disparando. Levaram o som".  

Com dificuldades para encontrar garagens, moradores e empresas recorreram à CTTU. Querem usar o espaço público de ruas e avenidas para deixar os veículos. Os requerimentos dos três primeiros meses deste ano representam mais da metade do que notificou em 2006.

São 26 agora contra 42.   No ano passado, a Gerência Operacional de Engenharia de Tráfego contabilizou seis solicitações do Recife Antigo. A vice-liderança ficou com os bairros da Boa Vista e Boa Viagem, cada um com cinco requerimentos.

Com três ofícios, vêm Casa Amarela, Imbiribeira e Madalena. O que demonstra que o problema atinge áreas comerciais e residenciais.  

Fonte: Diário de Pernambuco (Recife), 29 de abril de 2007


Categoria: Geral


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