Parking News

Seis anos se passaram desde que a prefeitura restringiu a circulação de caminhões de manhã e de tarde em diversas regiões da cidade. A regra, no entanto, parece ser mais uma daquelas que não pegaram. Para se ter uma ideia, dia 5, em pouco mais de uma hora (das 8h50m às 10h), O Globo flagrou dez caminhões circulando irregularmente e causando retenções em ruas da Zona Sul. Criado em 2008 para desafogar o trânsito no horário do rush, o chamado polígono de restrição abrange toda a Zona Sul, Centro, Tijuca, Vila Isabel e Méier, além de parte de Barra e Jacarepaguá. Seus limites atuais constam de um decreto de 2013, que substituiu os outros. Nessa área, a circulação é proibida, nos dias úteis, das 6h às 10h e das 17h às 21h. A regra só não vale para veículos de valores e de combustíveis que abasteçam aeroportos; de emergência e socorro; caminhões de mudanças; e de serviços essenciais, como os da Comlurb e da Light.
Os dez caminhões flagrados, por exemplo, descarregavam refrigerante, cerveja, alimentos não perecíveis e água, um deles a menos de 50 metros de um carro da Guarda Municipal, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. "Tenho que trabalhar. Com 40 entregas por dia, preciso arriscar", disse o motorista de um caminhão de água que descarregava às 9h45m na Avenida Prado Júnior (Copacabana).
De acordo com o decreto, caminhões, caminhonetes, vans e Kombis estão proibidos não só de parar, mas também de rodar pela área delimitada, sob pena de receber multa de R$ R$ 85,13. O infrator que pagar dentro do prazo ganha desconto de 20%. "A multa é barata. O patrão paga", disse um dos motoristas.
Mais de 15 mil veículos multados
A prefeitura diz que a fiscalização faz parte da rotina dos guardas municipais e da CET-Rio. Informa ainda que, só este ano, os guardas aplicaram 15.564 multas contra veículos de carga que circulavam em horário proibido. Já a fiscalização eletrônica usada pela CET-Rio multou, de maio a julho deste ano, 14.183 caminhões trafegando de forma irregular. Quanto ao flagrante de operação irregular de carga e descarga próximo a um carro da Guarda Municipal, o governo diz que vai apurar a denúncia, para verificar se houve negligência dos agentes.
Presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Rio, Nélio Botelho acha que o problema não tem solução: "As empresas são praticamente obrigadas a forçar a barra para descarregar. Caso contrário, o prejuízo é grande e acaba sendo repassado para o valor do transporte. Prejuízo que é muito maior do que o valor da multa. Além disso, um dos maiores problemas dos caminhoneiros é que, nos horários permitidos, as áreas reservadas para a descarga muitas vezes estão ocupadas por automóveis."
Fonte: O Globo (RJ), 6 de agosto de 2014

Categoria: Geral


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