Parking News

A Rua Prefeito Milton Improta, na Vila Maria, zona norte de São Paulo, tem casinhas coloridas, árvores e calçadas bem conservadas pelos moradores. É onde a doceira Sebastiana Vieira mora há quatro décadas. Na frente da sua casa, um caminhão vermelho enorme começa a destoar da paisagem. "A gente não tem mais sossego nem para ver novela. É um barulho, eles passam quebrando as árvores", contou Sebastiana ao jornal O Estado de S. Paulo. Com a proibição do tráfego de caminhões na Marginal do Tietê e em outras 25 vias das 5 às 9 horas e das 17 às 22 horas, bairros como Vila Maria, Vila Medeiros, Tucuruvi e Parada Inglesa agora são rotas alternativas para os veículos pesados, que também estacionam nas ruelas para esperar o término do horário da restrição.
Na rua de Sebastiana ela não é a única prejudicada. "A vizinha, coitada, colocou dois cones na frente do portão para eles não pararem lá e bloquearem a entrada. Nem garagem respeitam."
O que tem ocorrido na zona norte é semelhante ao que foi visto na zona sul, em setembro de 2010: a proibição de caminhões na Marginal do Pinheiros e outras vias do entorno levou caminhões para as ruas do Morumbi.
O problema fez a Prefeitura ampliar as restrições a várias ruas daquele bairro, como as Avenidas Jorge João Saad e Giovanni Gronchi. Mesmo assim, os caminhões continuaram a encontrar caminho pelas vias menos movimentadas do bairro.
A zona norte também tem vias com proibição ao tráfego de caminhões, como a Avenida General Edgar Facó. Por isso mesmo, as ruas vicinais agora são a melhor opção para os caminhões.
Mudança
Boa parte dos caminhões que circulam pelas ruas estreitas da zona norte vem da Via Dutra e da Rodovia Fernão Dias. À noite, saem da Marginal antes das 17 horas e começam a circular pelos bairros até conseguir chegar às rodovias novamente, fugindo da restrição.
Os caminhoneiros que fazem mudança só têm motivos para reclamar. "Pela Marginal não pode. No bairro o pessoal reclama. Aí a gente acorda às 5 horas para trabalhar e fica adiando a viagem. E tem de ficar parado nas ruas mesmo, porque os postos de carga são muito pequenos para tanto caminhão", contou o caminhoneiro Roque Fernandes Silva.
Estradas
Para quem usa a Dutra, o trânsito do começo da manhã ficou mais difícil na chegada à capital. Às 8h30, uma fila de caminhões se forma no acostamento da rodovia e nas ruas laterais, na altura do Parque Novo Mundo, zona norte. Os caminhoneiros seguem para a Marginal depois das 9 horas. "O trânsito na Dutra nunca foi bom, mas agora está difícil chegar a São Paulo às 9 horas, 9h30. Melhor sair mais cedo", disse a publicitária moradora de Taubaté Maria Fernanda Lopes.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 8 de março de 2012

Categoria: Geral


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