A análise tomou como base os estudos apresentados dez anos antes pela Comissão do Metropolitano e concluiu pela concepção de uma rede básica de 60 km, composta de quatro linhas: Norte-Sul (Santana-Jabaquara), Nordeste-Noroeste (Casa Verde-Vila Maria), Sudeste-Sudoeste (Jóquei Club-Via Anchieta) e Paulista (Vila Madalena-Paraíso); e dois ramais: Moema (Paraíso- Moema) e Mooca (Pedro II-Vila Bertioga).
Já a Companhia do Metropolitano de São Paulo foi criada em 1968. Então, Faria Lima extinguiu os bondes e deu inicio à implantação da primeira linha do metrô.
E foi em 1974 que foi entregue ao tráfego o primeiro trecho da linha, com 6,7 km e sete estações, concluída em toda a sua extensão em 1975.
Desafios marcaram a implantação: a inexistência de cadastros da infraestrutura subterrânea de redes de água, energia e gás, o desenvolvimento de métodos construtivos inéditos, como a implantação dos túneis em "shield" atravessando ruas do centro histórico e até a necessidade de desapropriações para a implantação de estações, terminais e poços de serviço, com a realização, pela primeira vez no país, de implosões.
Nos anos 1970, quando o metrô foi transferido para o governo do Estado, o município deixou de financiá-lo.
Na última década, a expansão da rede foi notável, com crescimento da ordem de 50% em extensão e no número de estações, o que resultou em aproximadamente 3,4 milhões de passageiros transportados diariamente.
O aumento diário da frota de automóveis e as limitações do sistema de ônibus fazem do metrô a única alternativa de transporte confiável, onde se pode prever o tempo gasto nos deslocamentos. Graças a essas características, a demanda tem enfrentado expressiva elevação e é necessário compatibilizar as densidades máximas do uso do solo com a capacidade de oferta das linhas da rede, evitando que concentrações superiores extrapolem a capacidade de atendimento das linhas de metrô.
Fonte: Folha de S. Paulo, 8 de março de 2012