A situação foi pior na Linha 2-Verde, onde os casos mais do que triplicaram, subindo de sete para 24. As linhas 1-Azul e 3-Vermelha tiveram, cada uma, 15 ocorrências em 2011, ante, respectivamente, 11 e 10 no ano anterior. Na 5-Lilás, a menos carregada, as panes variaram de quatro para cinco.
Entre as explicações para mais falhas estão o aumento da demanda e os testes de um novo sistema de sinalização, o CBTC (sigla em inglês para "controle de trens baseado em comunicação"). Esse mecanismo começou a ser instalado na Linha 2-Verde há cerca de um ano e meio, entre as Estações Sacomã e Vila Prudente. Quando estiver operando em todo o ramal, ainda neste ano, deverá fazer o intervalo das composições cair.
O diretor de Operações da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Mário Fioratti Filho, diz que o aumento de panes já era esperado. "No primeiro semestre de 2011, nós tivemos um número de falhas no sistema de sinalização muito maior do que a média admitida como normal, porque era um sistema novo entrando em operação", diz. A quantidade de ocorrências teria diminuído nos meses seguintes.
O Metrô informa que no ano passado, os trens percorreram 1,7 milhão de quilômetros a mais do que em 2010, o que também ampliou as chances de falhas. Como a previsão é de que mais quilômetros sejam percorridos neste ano, o número de falhas ainda poderá subir. Até o dia 29, houve oito ocorrências.
Fonte: Jornal da Tarde, 9 de março de 2012