- Há estudos que falam em perdas de dezenas de milhões de reais com o trânsito. Como o sr. avalia essas estimativas?, questiona o jornal Brasil Econômico.
- Pode parecer muita coisa, mas é por aí mesmo. Há uma lista de razões para isso. Mais consumo de combustível gera um desgaste da frota rodante. Há a perda de horas úteis dos trabalhadores. A logística urbana fica mais cara. E por fim o trânsito de SP traz incerteza aos negócios. O meu trajeto para o aeroporto é de 10 minutos, mas eu posso levar até 40. Eu perco horas de trabalho porque o risco de perder tempo no trânsito é alto. E as pessoas ficam mais cansadas, o que reduz a produtividade.
- Quais os caminhos para se reduzir os prejuízos?
- Isso pode acontecer diretamente, na forma da instituição de pedágios, ou indiretamente, através da taxação de veículos. A tabela do IPVA, por exemplo, favorece os veículos que são menos eficientes. São os carros mais antigos que pagam menos impostos. É claro que esse tipo de medida é quase inviável em um país como o Brasil, pela sua impopularidade.
Fonte: Brasil Econômico (SP), 26 de fevereiro de 2010