No entanto, a comparação com o mesmo mês do ano anterior mostra um dado pouco otimista: na época, 38% das famílias estavam com dívidas - cinco pontos percentuais a menos que neste ano.
A economista da Federação, Adelaide Reis, afirma que os bons resultados observados na economia brasileira têm feito com que o consumidor quite dívidas e pague contas em atraso, ao mesmo tempo em que mantém elevado o consumo. "A expansão da massa salarial, o aumento na oferta de crédito e a queda nas taxas de juros certamente contribuem para o equilíbrio financeiro das famílias neste início de ano", disse Adelaide.
Contas em atraso
Ainda segundo a Fecomercio, do total de famílias endividadas, 12% possuem contas em atraso em fevereiro, índice apenas dois pontos percentuais menor do que o registrado em janeiro. Dentre os inadimplentes, o índice dos que acreditam que não terão condições de pagar parcial ou totalmente as suas dívidas, porém, diminuiu 1 ponto, caindo para 5%.
Entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito continua sendo o grande vilão, com 68% das indicações, seguido pelas dívidas de carnês (31%) e pelo crédito consignado (10%).
Com relação ao prazo médio de comprometimento da renda, a maior incidência é verificada no período de até 90 dias (53%), seguida pelo período de mais de 90 dias (45%).
Fonte: UOL Notícias, 24 de fevereiro de 2010