Parking News

Em um intervalo de seis meses, Renato dos Santos Marostica levou sete multas por excesso de velocidade em vias de São Paulo por onde sempre passou. Só se deu conta de que havia novos radares nesse circuito quando os boletos chegaram. "O pior é que foi quase tudo por uma diferença de menos de 10 km/h", diz. Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, a fiscalização mais severa também surpreendeu outros motoristas que aceleram além da conta nas ruas da capital paulista. No ano passado, as multas de trânsito bateram recorde na cidade e as por excesso de velocidade subiram mais que a média: 70%.
O aumento de 902 mil para 1,54 milhão de veículos flagrados por ano acima do que permite a sinalização foi motivado principalmente pela expansão da fiscalização eletrônica pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
De 2008 para cá, a quantidade de radares em operação saltou de 300 para 452, e eles cada vez têm mais funções (além da velocidade, há os que fiscalizam avanço de semáforo vermelho, invasão de faixa de ônibus, rodízio e até conversão proibida).
A difusão dos equipamentos pela gestão Gilberto Kassab ainda está em curso - nos próximos meses, mais de 120 novos vão para as ruas. Em 2009, a CET arrecadou cerca de R$ 40 milhões mensais com multas. Essa receita é revertida para despesas da própria companhia e, em parte, destinada à manutenção e implantação de mais radares.
Obrigação legal
O aperto da fiscalização no trânsito tem a aprovação majoritária de especialistas não só por ser uma obrigação legal, mas por ajudar na redução de acidentes. Vários estudos já indicaram que os radares contribuem para diminuir mortes.
Há diversas ressalvas, porém, à maneira como eles são implantados. Alguns técnicos criticam a falta de avisos mais ostensivos (placas, campanhas educativas) de que a fiscalização está mais rígida.
Existem ainda questionamentos aos limites em algumas vias, cujos critérios podem confundir motoristas.
Fonte: Folha de S. Paulo, 24 de fevereiro de 2010

Categoria: Geral


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