O efeito do rodízio, ressalta, acabou engolido pelo crescimento da frota, de 5% ao ano, em média, e pelo desrespeito de muitos motoristas. Com as facilidades de financiamento, as vendas de carros zero-quilômetro batem recordes a cada mês. Até abril, 500 novos veículos eram emplacados todos os dias na cidade. Atualmente, são 800.
Veja São Paulo ouviu dez especialistas em engenharia de tráfego que apontaram algumas medidas para reduzir o problema dos congestionamentos. Para a maioria, a ampliação do rodízio, pode ter um efeito colateral indesejado: incentivar os paulistanos a comprar um segundo automóvel, mais velho e mais barato, e engrossar a frota de irregulares. Uma medida importante seria intensificar a fiscalização.
Já que barrar o crescimento da frota é algo inviável, cobrar pedágio de motoristas que queiram circular por regiões congestionadas tem sido a receita adotada por cidades como Londres, Cingapura e Estocolmo. Para que o pedágio funcionasse por aqui, especialistas calculam que teria de ser adotado em 212 km de vias centrais ao custo de, no máximo, R$ 2,00. A cobrança seria feita por meio dos chips eletrônicos.
Fonte: Revista Veja São Paulo (SP), 19 de dezembro de 2007