Dia 11, o Departamento de Trânsito da cidade e a concessionária Estapar, responsável pelo serviço, repetiram o teste com o Diário e percorreram a maior parte das ruas com parquímetros no Centro e algumas do bairro Jardim, com um número maior de moedas de R$ 0,10. Só na Rua Almirante Protógenes a máquina apresentou rejeição e terá o leitor trocado. Nos outros aparelhos, as moedas de R$ 0,10 continuaram sendo rejeitadas. "Não há como negar que realmente nos dêem trabalho. Acreditamos que isso ocorra por haver muitas variações na cunhagem feita pela Casa da Moeda", justifica o gerente de operações da Zona Azul Eletrônica, Marcelo Luís Gonçalves.
O serviço de parquímetro é administrado pela empresa Hora Park, do grupo Estapar, prestador de serviços desde a implantação da Zona Azul na cidade, em 1999. Os 85 equipamentos recebem manutenção duas vezes ao ano. A última foi no mês passado.
Os motivos para a rejeição às moedas novas de R$ 0,10 são desconhecidos pelos administradores. Eles cogitam algumas hipóteses. O diretor de Trânsito e Circulação da cidade, Eric Lamarca, explica que há uma variação muito grande nas moedas. "Além disso, tínhamos um problema com unidades falsificadas e nosso sistema precisa ser rigoroso", alega. A máquina possui um decodificador que faz a leitura das moedas levando em consideração peso, diâmetro e material. A empresa responsável considera normal que haja rejeição de moedas em 7% dos casos. A Casa da Moeda foi procurada pelo Diário para responder sobre diferenciação de cunhagem das moedas, mas não se manifestou.
Fonte: Diário do Grande ABC (SP), 12 de dezembro de 2007