As negociações com as demais concessionárias também estão em fase final.
A data para vigorarem as novas tarifas ainda será definida. Mas Alckmin poderá anunciar a medida em maio - caso consiga viabilizar algumas pendências jurídicas.
Moeda de troca
A CCR, controladora do sistema Anhanguera-Bandeirantes, por exemplo, negociou reduzir tarifas sob a condição de deixar de repassar para o Estado percentual do que arrecada no pedágio. O repasse varia de acordo com execução de obras e outros serviços.
O pleito do grupo EcoRodovias, responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, foi a prorrogação dos contratos atuais por mais tempo.
Além do corte nas tarifas, Alckmin vem testando na região de Campinas (interior de SP) um sistema de cobrança chamado ponto a ponto - pelo qual os usuários pagam de acordo com a distância percorrida na estrada.
Pedágio mais baixo pode diminuir valor de frete
A redução das tarifas de pedágio em São Paulo pode deixar as viagens pelo Estado mais baratas para quem usa carro, mas também forçaria reduções nas passagens de ônibus e no frete cobrado pelas transportadoras.
De carro, o custo da viagem de São Paulo a Ribeirão Preto, por exemplo, pode cair ao menos R$ 5 - caso a redução fique na casa dos 10%.
Atualmente, o trajeto de cerca de 313 km tem oito praças de pedágio, que juntas cobram R$ 49,60. Com a redução e arredondamentos, o valor pode ser de R$ 44,60.
Já o trajeto de São Paulo a Araçatuba, de 527 km, pode ter uma redução de R$ 6,80. Hoje o motorista que usa as principais rodovias no caminho passa por 12 pedágios e desembolsa R$ 68,20.
Também sentiria no bolso quem viaja todo dia para trabalhar. Um morador de Campinas que trabalha na capital e faz o percurso de 93 km de carro, por exemplo, hoje deixa R$ 638 por mês nas cabines de pedágio - considerando a ida e a volta em dias úteis pelas rodovias Anhanguera ou Bandeirantes.
Com uma redução de 10%, ele passaria a gastar R$ 574,20. Se a redução for de 20%, pagaria R$ 510,40.
Ônibus
As passagens intermunicipais de ônibus também podem ter queda de preço, já que as empresas repassam a tarifa para os consumidores.
Mas, além dos pedágios, elas levam em consideração a inflação e gastos com a manutenção dos veículos e taxas das rodoviárias.
Outro setor beneficiado é o de transporte e logística, já que os pedágios representam, em alguns casos, até 30% do valor do frete. Caminhões pagam uma tarifa por eixo.
Fonte: Folha de S. Paulo, 9 de abril de 2013