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Disposta a mostrar que uma simples ação de repressão contra os flanelinhas não vai resolver o problema em definitivo, a Prefeitura do Guarujá, no Litoral paulista, resolveu criar um caminho alternativo para transformar essas pessoas, antes o terror dos moradores locais e turistas, em um novo cartão de visitas para a cidade.

Lançado no final do ano passado, o projeto Guardador Solidário já cadastrou mais de 60 flanelinhas e oferece a eles cursos - ministrados por policiais militares, guardas de trânsito e funcionários da Secretária de Assistência Social -, que vão desde orientações sobre segurança no trânsito até as melhores formas de lidar com o público.

Além disso, todos eles foram cadastrados e são obrigados a trabalhar com um crachá com foto e nome completo. Caso sejam flagrados sem o crachá, os flanelinhas podem ser detidos pela Polícia Militar por desobediência. 

A Prefeitura de Campinas, por sua vez, não possui nenhum programa social relacionado a este assunto, mesmo com a população estando à mercê de uma máfia nas ruas de bairros como o Cambuí, por exemplo.

Procurado desde o início da semana pela reportagem da Agência Anhangüera de Notícias (AAN), o secretário municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social, Waldir Quadros, não foi localizado, nem mesmo pela sua assessoria, para dar a sua opinião sobre a questão. 

Medidas como as adotadas no Guarujá, segundo o seu próprio prefeito, Farid Madi (PDT), servem para disciplinar a função dos guardadores de automóveis pelas ruas e impedir que abusos aconteçam.

Assim como em Campinas, os flanelinhas da Baixada Santista também costumavam cobrar "caixinhas" antecipadas dos motoristas que tentavam estacionar em locais públicos. Lá, não havia um preço estipulado. Aqui, a "taxa" vai de R$ 5,00 a R$ 10,00.  Uma presença mais próxima do poder público tem reduzido a ocorrência de problemas no Litoral.

A chefe de Divisão de Medidas Preventivas e Educativas do Guarujá, Regina Rodrigues da Costa, afirma que o cadastramento dos flanelinhas foi realizado em novembro pela PM e integrantes da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Financeira.

A idéia surgiu baseada na iniciativa de uma outra cidade litorânea, que também recebe muitos visitantes nesta época do ano: Caraguatatuba. "Analisamos e chegamos à conclusão de que, adotando este tipo de ação, traríamos mais segurança à população e aos turistas", relata Regina, no site da Prefeitura.

A captação dos flanelinhas para participarem dos cursos foi mais forte na região central do Guarujá, principalmente nas praias de Pitangueiras e Enseada, onde o movimento de pessoas é maior. "Este é um problema grave, todo mundo tem medo dos flanelinhas", diz o prefeito, apontando que o importante é fazê-los servir a população e não explorá-la.

Trabalho

Quem pensa que oferecer cursos aos flanelinhas é uma forma de mantê-los nas ruas se engana. Um objetivo mais amplo do Guardador Solidário é recolocar todas essas pessoas de volta no mercado formal de trabalho.

Um levantamento social é feito para saber a situação do guardador. Paralelamente, é iniciado algo semelhante dentro da sua família. Assistentes sociais vão às casas dos flanelinhas para descobrir como são suas vidas e que tipo de dificuldades eles têm.

A idéia é tentar buscar formas práticas e rápidas de uma reinserção em um trabalho formal. "Muitos deles têm estudo e profissão certa. A falta de empregos é que os coloca nessa situação. Nossa meta é reverter esse quadro", explica Madi. 

Fonte: Correio Popular (Campinas), 17 de janeiro de 2007

 

Categoria: Geral


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