A secretária de Serviços Públicos, Trânsito e Transporte (SSPTT), Dayse Monassa, se reúne nesta terça-feira com o prefeito Godofredo Pinto para definir as prioridades para o trânsito de Niterói até o fim do mandato dele, em 2008.
A construção das garagens subterrâneas, a instalação dos parquímetros nos bairros do Centro e de Icaraí, além da aceleração do projeto de construção de um corredor viário na Alameda São Boaventura estão entre as propostas de melhoria do tráfego.
"Estamos com essas metas traçadas e esperamos a avaliação do prefeito para o início das ações. O objetivo é dar maior fluidez para o trânsito de Niterói, já que essas medidas prioritárias auxiliariam a condução do tráfego", explicou a secretária.
Estado - O corredor viário na Alameda é outra aposta para melhorar o fluxo de veículos de quem vai para a Capital. A estimativa é que, a partir da conclusão dos trabalhos, o fluxo aumente de 2.600 veículos por hora para 2.900.
Há menos de um mês, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, afirmou que em cem dias sai a licitação da obra, orçada atualmente em R$ 17 milhões.
De acordo com o projeto, a faixa seletiva será construída sobre o canal que corta a avenida com seis baias - pontos fixos para que sejam feitos o embarque e desembarque de passageiros.
Hora de criar mais vagas
Outro projeto da Prefeitura de Niterói é a mudança de mão de algumas ruas do Centro para viabilizar o tumultuado trânsito. A Avenida Amaral Peixoto, que hoje é utilizada em um sentido, passaria a ser de mão dupla para aliviar o tráfego na Rua da Conceição, que teria a circulação de ônibus impedida.
As vagas de estacionamento na Amaral Peixoto seriam desviadas para uma garagem subterrânea, a ser construída sob a Praça da República.
A administração do sistema rotativo de vagas no Centro e em Icaraí, Zona Sul da cidade, é de competência da Niterói Park. De acordo com o contrato de concessão com a Prefeitura, está prevista a construção de três garagens subterrâneas.
Até o momento, só o da Praça Juscelino Kubitschek funciona normalmente. Mais dois - o da Praça da República, no Centro e o da Praça Rui Barbosa, em Icaraí - ainda não saíram do papel. A elaboração do edital depende da autorização de Godofredo Pinto. "Mesmo que a Niterói Park tenha a concessão e seja a responsável pela administração, somente após a ordem do prefeito é que eles podem iniciar qualquer obra na cidade", garante Dayse Monassa.
Com os três estacionamentos, os niteroienses contariam com 1.200 vagas extras. A comerciante Patrícia Souza, de 31 anos, explica que todas as vezes que precisa vir ao Centro deixa o carro em ruas distantes.
"Tenho sempre que andar muito para chegar na Amaral Peixoto. Não é possível encontrar vagas por lá".
Parquímetro seria a solução
Se a falta de vagas é uma das reclamações dos niteroienses, a forma de cobrança realizada atualmente pela Niterói Park tira o sono de muita gente. A empresa exige R$ 3 pelo período de três horas e em caso de permanência por um período menor, o tempo restante é perdido.
Para corrigir o problema, em outubro do ano passado, a SSPTT instalou, em caráter experimental, sete parquímetros na Rua Tavares de Macedo, em Icaraí. Com o sistema eletrônico, a cobrança acontecerá de forma proporcional ao tempo de permanência.
Durante os testes, a SSPTT constatou que 88% dos entrevistados utilizam as vagas por um período entre 30 minutos e 2h30, menor que o tempo máximo, de três horas.
O equipamento foi aprovado pela Prefeitura, que agora aguarda somente o acordo entre a Niterói Park e o fabricante para que 700 parquímetros sejam instalados nos bairros. A direção da Niterói Park foi procurada por O FLUMINENSE, mas preferiu não comentar o assunto.
Fonte: O Fluminense (Rio de Janeiro), 04 de fevereiro de 2007