O Sindicato dos Marronzinhos da CET (Sindviários) pediu, à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), o embargo da montagem e desmontagem diárias das 12 faixas reversíveis em ruas e avenidas da cidade até que a CET melhore as condições de segurança no trabalho. A delegacia deve se pronunciar nos próximos dias.
Os agentes de trânsito registraram um caso, neste ano, em que o marronzinho caiu da caçamba da viatura da CET enquanto manipulava rapidamente os pesados cones que demarcam as faixas, montadas sempre nos horários de pico para ajudar a fluidez do trânsito.
Além disso, diz Cleiton Araújo Nogueira de Sá, diretor do sindicato, os profissionais estão sujeitos a abalroamentos de viaturas e atropelamentos quando montam as faixas. Já há registros de veículos vindos por trás que atingiram viaturas, diz. Segundo ele, não é sempre que veículos de apoio estão disponíveis para sinalizar a montagem e a desmontagem das faixas.Os cones também são extremamente pesados e causam problemas de saúde.
Para contornar provisoriamente a situação, dizem os marronzinhos, a CET propôs a soldagem de um banquinho atrás das viaturas, especialmente para o trabalho. O agente de trânsito ficaria sentado ali e preso a um cinto de segurança, colocando e retirando os cones. Não concordamos com isso, porque é perigoso e também porque tudo que é provisório acaba virando permanente, diz Nogueira.
Um veículo especial para a montagem das faixas, uma van Sprinter, foi testada no fim do ano passado e aprovada pelos marronzinhos. Diferentemente das picapes amarelas da CET, os agentes ficam mais protegidos de batidas e acidentes, e podem manipular os cones mais facilmente, segundo o sindicato.
Duas mesas redondas entre a empresa de trânsito e o sindicato foram realizadas, e em ambas a categoria pediu a aquisição desse tipo de veículo. A CET informou que publicou edital de licitação para a compra no dia 1º, mas o processo vai demorar cerca de 180 dias. Assim, os veículos só entram em operação no segundo semestre.
O Sindviários tentou, mas não conseguiu, convencer a companhia a comprar as Sprinter por meio de dispensa de licitação. Por isso, segundo a entidade, é que foi solicitado o embargo das faixas até que cheguem as vans.
Fonte: Jornal da Tarde (São Paulo), 09 de fevereiro de 2007