Ontem, às 11h, foi organizado um abaixo-assinado contra a cobrança pelas vagas e, até as 16h, 2 mil assinaturas haviam sido recolhidas. "É uma vergonha o que o governo está fazendo. O Ibirapuera é uma área pública", disse a moradora do Butantã, Zona Oeste, Silva Reimann. "Eles não estão preocupados em garantir conforto para as pessoas. E sim, conseguir mais uma forma de arrecadar dinheiro".
Na última quinta-feira, o prefeito Gilberto Kassab anunciou que no próximo dia 26 será implantado no Parque uma Zona Azul especial, em 600 das quase mil vagas do local , com valor de R$ 1,80 por duas horas - metade da cobrança tradicional do sistema.
O governo diz que a medida vai facilitar a mobilidade das pessoas, além de incentivar outras formas de locomoção até o Parque, como transporte público e bicicletas. Mas até os ciclistas do Ibirapuera se mostraram contrários à idéia. "Se houvesse garantia de que o valor arrecadado seria usado em melhorias para o parque, eu seria a favor", disse Ricardo Provenzano. "Mas como tudo vai continuar na mesma, decidi deixar meu nome aqui", disse o ciclista.
Vereador do PSOL e um dos organizadores da manifestação, Carlos Giannazi afirmou que já protocolou no Ministério Público uma representação para tentar evitar a nova taxa. "Esperamos que, com o apelo popular, a gente consiga derrubar a medida. As assinaturas serão recolhidas até o dia o dia 12 e depois, encaminhadas à Prefeitura.
Fonte: Jornal da Tarde (São Paulo), 04 de fevereiro de 2007