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Embora 100% dos motoristas achem que falar ao telefone celular aumenta as chances de acidentes, 84% admitem usar o aparelho quando estão dirigindo. Os dados fazem parte de pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. O levantamento foi divulgado em 7 de julho durante o Fórum Internacional Década de Ações para Segurança no Trânsito.
Segundo a Agência Brasil, os números mostram também que 48% dos entrevistados dizem que já passaram por alguma situação de risco ao volante, causada por uma distração, e em 23% dos casos o celular foi o responsável pelo incidente. Já 77% dos pedestres disseram atravessar a rua fora do sinal.
Para o coordenador da pesquisa, Sérgio Franco, os números mostram a falta de fiscalização, de punição mais severa e de educação no trânsito. "Só a fiscalização a curto prazo, para doer no bolso, e educação a longo prazo serão capazes de mudar essa cultura. Ainda falta muito para fazer no que diz respeito a políticas públicas para o trânsito, mas não podemos transferir todas as responsabilidades para o governo. Se cada um fizer sua parte, o problema está resolvido."
O presidente da Sbot, Evandré Lech, chamou a atenção para a falta de uma política de Estado voltada à prevenção. "Já passamos de um limite tolerável no número de óbitos, que é de mais de 35 mil mortes por ano. O Brasil vê a questão do trânsito de maneira muito burocrática. Não temos uma política ampla para os diferentes "Brasis". A proliferação de ONGs de pais de jovens que morreram em acidentes de trânsito demonstra a falha do Poder Público nessa questão", criticou Lech. Ele também condenou a lei que reconhece a profissão de motoboy, argumentando que ela tem ajudado a elevar o número de motociclistas no país.
Entre as propostas sugeridas durante o evento para diminuir as mortes no trânsito, está a inclusão da disciplina Educação no Trânsito no currículo escolar.
O diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Otaliba Libâneo, disse que o governo tem investido em trabalhos de prevenção. Ele citou a Operação Lei Seca, criada em março de 2008, como exemplo bem-sucedido, que já salvou milhares de vidas desde sua criação e tem cortado gastos públicos.
Fonte: Agência Brasil, 7 de julho de 2011

Categoria: Geral


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