Atualmente, em Montevidéu, onde reside metade dos 3,3 milhões de habitantes do país, há "800 flanelinhas registrados", mas "pelos menos dois mil ou mais que realizam a atividade sem permissão nem qualquer tipo de controle", acrescentou.
Casulo disse que a iniciativa busca regulamentar a tarifa para fazê-la justa e controlável.
O Uruguai bateu no ano passado o recorde histórico da venda de automóveis 0 km com 48 mil veículos, 12,5% a mais que em 2010, segundo dados da Associação de Comércio Automotivo.
Para conseguir uma permissão da Intendência Municipal de Montevidéu como flanelinha deve-se ter um atestado médico que o habilite a trabalhar, certificado de boa conduta e comprovante de residência.
Em espetáculos realizados recentemente na cidade que reuniram grande quantidade de público, como shows internacionais, Carnaval e partidas da seleção de futebol nas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo, "havia muitos oportunistas e vários excessos" nos estacionamentos de veículos.
"Alguns flanelinhas exigiram 50 pesos (R$ 4,86) e até 100 pesos (R$ 9,71) para vigiar os automóveis. Algo totalmente fora do normal", destacou o vereador.
Jorge Meroni, também integrante da Comissão de Transporte da Junta Departamental de Montevidéu e vereador pelo partido Frente Ampla, disse à agência EFE que a iniciativa procura "pôr ordem" na relação entre os guardadores e os motoristas e "beneficiar a ambas partes com regras claras e sem permitir excessos".
A Comissão, formada também pelo vereador Carlos Larrosa, planeja levar o projeto ao plenário da Junta para sua aprovação antes do final de agosto.
O presidente da associação de guardadores de carro, Ramiro Romero, destacou à agência EFE que o sindicato "está de acordo e apóia" a iniciativa das autoridades.
Se em um estacionamento do centro da capital os condutores pagam entre 35 (R$ 3,40) e 40 pesos (R$ 3,88) "parece razoável que um guardador receba 20 pesos de gorjeta por seu serviço", acrescentou.
Fonte: agência EFE, 19 de agosto de 2012