De acordo com Uirá Felipe Lourenço, presidente da Rodas da Paz, o objetivo do evento foi chamar a atenção da população para o fato de que sistemas de mobilidade alternativos àquele que privilegia o automóvel são possíveis. "É inviável continuar com esse modelo baseado só no automóvel. Ele causa alto número de acidentes, poluição e congestionamentos. Quanto mais bicicletas nas ruas, mais segurança", disse.
Segundo Uirá, apesar de o número de ciclovias na capital federal ainda deixar a desejar, os ciclistas podem optar por vias menos movimentadas para se locomover, e até usar o metrô para transportar a bicicleta.
As ações organizadas pela ONG começaram na parte norte do Eixão. Os integrantes da Rodas da Paz venderam roupas e equipamentos para ciclistas, a fim de levantar fundos para campanhas educativas. Também foram distribuídos panfletos com regras para a convivência pacífica entre veículos e bicicletas.
No começo da tarde, os manifestantes pedalaram em direção à parte sul do Eixão, onde há um memorial no local do acidente que matou o ciclista Pedro Davison. O biólogo, que morreu aos 25 anos, estava na faixa central da via, onde não é permitido o tráfego de carros. Em homenagem à vítima, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei para transformar 19 de agosto, data de sua morte, em Dia Nacional do Ciclista.
Fonte: Agência Brasil, 19 de agosto de 2012