A EMTU explica que 90% dos gases poluentes despejados na atmosfera atualmente vêm de veículos motorizados. O sistema a hidrogênio utiliza água, mas a devolve ao meio ambiente tão pura como antes de ser usada, ressalta o gerente de Desenvolvimento da EMTU, Carlos Zündt, coordenador nacional do projeto: "Não há nada mais sustentável que isso".
Já Carmen Augusta Varela, professora especializada em Economia do Meio Ambiente da Fundação Getúlio Vargas, alerta que é um procedimento caro, altamente dependente da energia elétrica, usada para quebrar a molécula da água. O projeto inteiro, lançado em novembro de 2006, é estimado em R$ 16 milhões, incluindo a construção de uma fábrica de hidrogênio em São Bernardo do Campo, que será operada pela Petrobrás.
O primeiro protótipo circulará no corredor de 33 km que vai de São Mateus a Jabaquara, em São Paulo, passando por Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. O ônibus poderá percorrer cerca de 300 km a cada vez que for abastecido. Neste ano, haverá apenas um veículo desse tipo em atividade, com capacidade para 90 pessoas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 27 de maio de 2008