Para quem está parado esperando o ônibus regular que demora a aparecer, ou então passa lotado, a "carona paga" acaba sendo uma alternativa. Há quem utilize a opção de transporte diariamente, passando a conhecer os motoristas, e até se beneficiando, eventualmente, de um desvio de trajeto, para ficar mais perto de seu destino. Mas há também quem aponte riscos, principalmente para mulheres desacompanhadas, como destaca o capitão Sérgio Roballo, do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito).
Uma ação conjunta do DFTrans, Detran, BPTran e Companhia de Polícia Rodoviária monitora os veículos suspeitos e realiza blitze. Desde o início deste ano, segundo a Secretaria de Transportes, 809 veículos piratas foram apreendidos, sendo 381 carros de passeio, 25 ônibus e 403 vans. Para fugir da fiscalização, os motoristas mudam os locais de desembarque mais visados, como a rodoviária do Plano Piloto.
O gerente de fiscalização da DFTrans, Pedro Jorge, fala da existência de um esquema que reúne vários motoristas para fazer o transporte clandestino. Eles teriam uma pessoa para pegar passageiros em pontos de grande movimento, como a rodoviária, e lotar um carro estacionado em local não fiscalizado. Também se cotizariam para pagar a multa de quem fosse pego pela fiscalização. A multa vai de R$ 2 mil, para quem é flagrado pela primeira vez, a R$ 5 mil, para os reincidentes.
Fonte: UOL Notícias, 27 de maio de 2008