Há seis tipos de abrigos - os instalados são do modelo Caos Estruturado. A concessionária Pra SP prevê instalar, em três anos, 7.500 abrigos e 14,7 mil totens, em um investimento de R$ 636 milhões. Em troca, poderá explorar publicidade nos abrigos - primeira exceção desde a implantação da lei Cidade Limpa, em 2007.
Situação precária
Um exemplo de local onde os passageiros enfrentam problemas é o abrigo em frente ao número 1.487 da avenida Rio das Pedras, Aricanduva (zona leste). "É uma falta de respeito. Está sem o banco, todos na avenida estão assim", diz a diarista Neide Nascimento, 57 anos. Na semana passada, a reportagem encontrou até lo¬cais onde abrigos foram retirados.
O diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, Valter Caldana, diz que os novos abrigos devem ser instalados em toda a cidade, mas elogia o projeto. "Todas as cidades de grande porte e que têm um apelo internacional precisam ter marcas e marcos que as identifiquem", afirma. Rosana Helena Miranda, professora de projetos de edificações na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, diz que a presença de anúncios nos abrigos não será um problema. "A publicidade pode acontecer, desde que seja de maneira que passe pelo crivo de uma comissão e que não atrapalhe informações sobre horários de ônibus e o mapa do local, por exemplo.
Não haverá privilégio, diz diretor
O diretor de gestão corporativa da SPObras (empresa da prefeitura vinculada à Secretaria da Infraestrutura Urbana e Obras), Sergio Krichanã Rodrigues, diz que os bairros mais distantes serão beneficiados pelo projeto. "O centro e as quatro regiões da cidade vão receber os novos abrigos. Não haverá privilégio para nenhuma região."
Fonte: Agora São Paulo, 10 de março de 2013