Os primeiros testes foram iniciados às 10h do dia 8, quando os 20 primeiros marronzinhos começaram a anotar infrações como furar o sinal vermelho ou ignorar placas de "Pare" nos computadores portáteis.
A ideia é que, até o fim do ano, 200 agentes de fiscalização já estejam treinados e com o equipamento pronto para registrar as autuações.
Depois disso, uma nova rodada de treinamento será feita, até que todos os 2.100 fiscais da CET estejam habilitados a usar o novo sistema.
Batizado de Auto de Infração de Trânsito Eletrônico (e-AIT), o equipamento de multa eletrônica terá também uma pequena impressora portátil, que será necessária para imprimir autuações que devem ser afixadas no veículo infrator, como estacionamento irregular, por exemplo.
"Hoje, tudo é feito no auto de papel. Com a mudança, queremos que o tempo de processamento dessas multas diminua consideravelmente, o que vai beneficiar tanto a CET quanto os motoristas, que terão acesso mais rápido às autuações", afirma Rosa Maria Mendes Marques Jodas, gestora de trânsito da Assessoria de Fiscalização da companhia.
Trabalho duro
Atualmente, existe uma equipe cujo trabalho diário é escanear e digitar todos os dados de todos os talões de multas dos marronzinhos - só em 2011, foram 9,5 milhões de autuações na capital paulista, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior.
"Durante esse processo, acontece de haver erros de digitação ou problema na leitura da caligrafia dos agentes, o que abre brecha para que os infratores peçam o cancelamento da multa", explica Rosa.
Com o novo sistema, segundo a companhia, esse tipo de risco será eliminado e haverá mais precisão na emissão das autuações. Além disso, a expectativa da CET é de que o tempo de processamento das multas caia de 15 dias, aproximadamente, para cerca de 2 ou 3 dias.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 8 de novembro de 2012