Desde 1991, quando foi feita a primeira convocação, os donos de 10 milhões de carros, motos e caminhões foram chamados pelas montadoras, mas 40% deles não levaram o veículo para o conserto, de acordo com uma estimativa do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC).
Segundo Martins, o motorista deve atender ao recall mesmo que julgue que o veículo esteja em boas condições. Segundo ele, se a montadora chamou é porque existe risco. "Pode ser no sistema de freios que em uma situação extrema pode levar ao não acionamento. Um cinto de segurança, que, no momento de uma frenagem, o fecho pode-se abrir", ressaltou.
Martins explicou ainda que muitos recalls são feitos a partir de reclamações dos motoristas. Por isso é importante relatar às concessionárias os problemas dos veículos.
Quando a fábrica anuncia o recall, por exemplo, da direção hidráulica de determinado modelo o motivo pode ser falha no processo de um componente interno da bomba de direção. Se ela travar, há vazamento de óleo e a direção endurece. O motorista pode perder a referência e causar acidentes.
Outro perigo é se for constado algum problema nas rodas dianteiras devido ao aquecimento excessivo dos rolamentos. Se eles não forem trocados, a roda pode travar.
Também existe recall para vidros laterais. O risco mais comum é eles se soltarem. Se isso acontecer, pode atingir quem estiver no carro, além de pedestres e pessoas em outros veículos.
O consumidor deve exigir e guardar o comprovante de que o recall foi feito. Que, em caso de venda, deve ser entregue ao comprador. O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação, pode sempre procurar o Procon da cidade.
Fonte: portal G1, 9 de novembro de 2012