A polêmica sobre o abastecimento de gás começou dia 30 de outubro, quando a Petrobras reduziu o volume entregue às distribuidoras do Rio e de São Paulo para assegurar a geração de energia elétrica para as termelétricas a gás natural do País. Com a decisão, postos de gasolina e oito grandes indústrias do Rio de Janeiro, entre elas a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a Bayer, tiveram o fornecimento de gás natural comprometido. Uma liminar da Justiça, porém, determinou no dia seguinte que a estatal regularizasse o fornecimento às distribuidoras. Nesse dia, a falta de gás fez com que as térmicas gerassem, em média, 250 MWh a menos da energia firmada no termo. Hubner negou que o governo Lula tenha incentivado o consumo de gás natural por veículos e indústrias e disse que houve políticas de incentivo por parte dos Estados e das próprias distribuidoras. Segundo ele, a prioridade para o uso do insumo é das termelétricas. O ministro disse ainda que não haverá aumento no valor da energia para o consumidor por conta da crise.
Segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a frota a gás no Estado do Rio é de 617.131 veículos, o equivalente a 23,7% do total de carros. Em São Paulo, os carros a gás somam 363.073 unidades, mas representam 3,37% do total. No País, a frota de carros movida a gás passa de 1,3 milhão, de acordo com dados da ABGNV (Associação Brasileira do Gás Natural Veicular).
Fonte: Folha On Line (SP), 7 de novembro de 2007