Corredores cheios, muita gente querendo comprar - o cenário deve ficar mais frequente ao longo da década. É que cada vez mais brasileiros vão querer - e poder - comprar os chamados bens duráveis, móveis, eletrônicos, eletrodomésticos e, principalmente, carros.
O crescimento da venda de automóveis dá uma boa dimensão do aumento do poder de compra do brasileiro.
Nos últimos seis anos, a venda de veículos mais que dobrou. Um recorde: 3,5 milhões de novos carros andando pelas ruas brasileiras e isso pode ser ainda maior.
"Esse potencial de crescimento da classe média, só pra quem não tem automóvel em casa, poderia gerar 1,5 milhão de automóveis e motos por ano", explica o economista-chefe da MB Associados Sérgio Vale.
O economista alerta: crescer rápido demais tem seus problemas. "O lado negativo é que você não pode crescer de forma muito intensa, porque isso gera um processo inflacionário, então você tem que moderar esse crescimento, pra que ele não seja perverso pra própria classe média que está sendo gerada."
Fonte: Jornal da Globo, 5 de fevereiro de 2011