Segundo Kassab, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já está elaborando o plano da faixa exclusiva para a carona solidária. Uma das ideias é usar as faixas reversíveis que hoje já estão em operação na cidade, como as da Radial Leste, da Avenida Luís Dumont Villares e das Pontes dos Remédios e das Bandeiras. Atualmente, não há restrição de circulação nelas.
O uso das faixas reversíveis para carona solidária não é novidade. Em 1997, a proposta foi adotada das 6h às 9h na Radial Leste. Os veículos com menos de três pessoas que trafegavam pela faixa estavam sujeitos a multa.
Uma segunda faixa reservada ao transporte solidário foi criada no sentido bairro-centro da Avenida das Nações Unidas, entre as Pontes Transamérica e do Socorro, na Marginal do Pinheiros, zona sul. Na sequência, a ideia foi estendida para faixas reversíveis nas Pontes João Dias, do Piqueri, do Limão e em outro trecho da Marginal do Pinheiros. A cidade chegou a ter seis faixas solidárias, antes de o projeto começar a ser abandonado pela CET, em 2000.
Além disso, o projeto de lei que instituiu na capital a Política de Mudanças Climáticas, aprovado pela Câmara Municipal há dois anos, e cujo objetivo é reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), prevê o incentivo à carona solidária, com a implementação de faixas exclusivas.
Carta
A divulgação de uma carta para autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos organizadores do Rio + 20, evento que acontece em 2012, encerrou a C40 dia 2 de junho. O documento expressa a intenção da C40 de ser a voz das megacidades no combate às mudanças climáticas. Nela, sugerem que acordos internacionais e os governos federais devem dar mais poder aos governos locais.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de junho de 2011