Quando há nevoeiro, significa que não há ventos na cidade, que o ar que respiramos não está se renovando. A consequência direta é um aumento de poluentes.
Em uma estação de medição da qualidade do ar, em São Paulo, conhecemos cada um dos poluentes presentes no ar e que afetam a nossa saúde.
As partículas inaláveis - poeira e fuligem - que saem dos escapamentos dos carros e das chaminés das indústrias. O monóxido de carbono, o dióxido de nitrogênio e o dióxido de enxofre são gases gerados pela queima de combustível.
"Este equipamento está medindo o ozônio. O ozônio se forma na atmosfera pela reação dos gases que saem dos veículos e das indústrias quando tem luz solar", explica Maria Helena Martins, gerente de qualidade do ar da Cetesb.
Nos dias mais frios, de outono e inverno, os poluentes que ficam mais concentrados são o monóxido de carbono e as partículas. Segundo os médicos, quando respiramos o ar poluído, a poeira e a fuligem vão parar direto no pulmão, onde provocam uma inflamação. Durante três anos, 90 pesquisadores mediram diariamente a quantidade de poluentes lançados no ar em seis capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. Em todas elas, os índices estão acima do que é considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde. Ou seja, o ar que se respira pode provocar doenças.
"Provoca uma reação local, favorecendo doenças respiratórias. E uma reação sistêmica, que favorece doenças cardiovasculares. A maior causa de infarto de miocárdio nas regiões metropolitanas é a associação de tráfego mais poluição. Em torno de 11% a 12% dos infartos do miocárdio são causados após a combinação dessas duas exposições", explica Paulo Saldiva, diretor do laboratório de poluição da USP.
Fonte: Jornal Hoje (TV Globo), 01 de junho de 2011