O prefeito não detalhou como será a distribuição dos veículos por pontos e nos bairros. No decreto Kassab também informa que foram feitos estudos no Departamento de Transportes Públicos (DTP) que apontaram a necessidade de ampliar a frota de táxis.
Na capital, a espera por um táxi chega a ser superior a uma hora em locais como o Aeroporto de Congonhas e nas saídas das baladas da Vila Madalena e da Vila Olímpia. A falta de taxistas pode ser observada nos últimos shows realizados no Morumbi, na zona sul, por exemplo. Como era quase impossível encontrar um veículo vazio, alguns deles passaram a cobrar preços fechados de até R$ 300 para corridas de 15 quilômetros.
Demanda
A média na capital é de um táxi para cada 344 habitantes, enquanto no Rio de Janeiro a média é de um para cada 198 habitantes. Mas, para taxistas ouvidos pela reportagem, o problema não é a demanda alta - o número de usuários de táxis cresceu 20% nos últimos três anos, segundo balanço de cooperativas da categoria.
"Falta táxi no ponto porque os carros ficam presos no trânsito. A mobilidade aqui é muito ruim. Se faço uma corrida até a zona leste, por exemplo, só vou voltar para o ponto depois de duas horas", afirma Roberto Antonio Chagas, taxista na Freguesia do Ó.
Outra dificuldade na capital é encontrar os táxis na versão luxo, cuja bandeirada é até 50% mais cara. São 140 carros distribuídos no ponto de Congonhas e em outros nove hotéis - caso, por exemplo, do Renaissance, na Alameda Santos. Kassab não divulgou se, entre os 1.200 novos alvarás, haverá licenças para os modelos de luxo. O decreto também não define o número de novos veículos que vão para o ponto do Aeroporto de Congonhas, um dos principais da capital.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de junho de 2011