Na média, o combustível está em R$ 2,851, valor 3,56% acima do pago pelos consumidores na semana passada.
Com isso, a variação do preço da gasolina nos postos fica próxima do percentual de 4% liberado pelo governo para o combustível nas refinarias, mas bem acima do que se previa na bomba.
A estimativa dos donos de postos era que, em média, apenas 2% desses 4% chegariam aos consumidores.
O aumento do diesel também superou as expectativas. O governo liberou reajuste de 8% e o consumidor paulistano já está pagando 6,36% mais pelo produto, R$ 2,558 por litro na cidade de São Paulo. A estimativa dos donos de postos era de um repasse médio de 5%.
A Fecombustíveis (federação que reúne os donos de postos) disse, em nota, que vários fatores afetam o preço final ao consumidor e que a alta do álcool ajudou a encarecer a gasolina.
O reajuste da gasolina e do diesel pode não ter terminado ainda. Alguns postos ainda mantêm os preços da gasolina em R$ 2,649 por litro, abaixo da média de R$ 2,851. Ao seguir os demais, deverão dar novo impulso aos preços.
O mesmo deve ocorrer com o diesel, cujo preço mínimo de negociação é de R$ 2,199 por litro e máximo de R$ 2,799. Os postos mais defasados deverão caminhar para a média do setor.
ÁLCOOL "NA SECA"
O álcool corre por fora. A chegada da entressafra já provoca uma aceleração nos preços do combustível. Nesta semana o consumidor paulistano pagou R$ 3,61% mais pelo produto, cujo preço médio foi a R$ 1,895 por litro.
Alguns postos ainda comercializam o etanol a R$ 1,799 por litro em São Paulo e, provavelmente, deverão reajustar esse preço para a média do setor. Outros já cobram até R$ 2,00 por litro.
O aumento da gasolina ocorre em um momento em que o próprio etanol já pressionava o derivado de petróleo, devido à mistura de 25% de álcool anidro.
Antes mesmo do reajuste nas refinarias, o preço do combustível nos postos já subiu 0,63% em novembro, após ter ficado praticamente estável (0,1%) em outubro.
Fonte: Folha de S. Paulo, 7 de dezembro de 2013