Quem pega quatro ônibus por dia, de segunda-feira a sexta-feira, e mais dois no sábado, consome 22 passagens por semana. O gasto mensal com transporte era de R$ 220. Com o aumento, o custo passa a ser de R$ 237,60. O trabalhador que sobrevive com apenas um salário mínimo (R$ 622) é o que mais sente esse reajuste, apontou reportagem da TV Anhanguera.
A auxiliar de serviços gerais Sirlene da Silva lamenta. "Aí pesa no bolso de todo mundo. Mesmo que aumente pouca coisa, mas pesa. Faz diferença, sim, como por exemplo na hora de comprar o pão", observa.
Na opinião da cabeleireira Sirlene Aguiar, andar de carro ou moto está saindo mais em conta. "Sem falar que os ônibus estão sempre lotados. As pessoas são mal educadas e os ônibus são demorados. Você passa horas e horas no ponto de ônibus", enumera.
Para o vigilante Maicon Wendell, antes de aumentar o preço, o transporte deveria ser melhorado. Segundo a dona de casa Demarci Borges, diferente do preço da tarifa, o tempo de espera no terminal do Setor Pontal Sul II, em Aparecida de Goiânia, continua o mesmo. "Demora demais. A espera é de mais de uma hora", reclama.
A estudante Lara Lorrane enumera o que falta no transporte coletivo da capital: "O ônibus precisava ser mais vazio, poderia aumentar o ônibus também (frota), mais gente sentada do que em pé, porque vai mais gente em pé do que sentada. Eu acho que deveria mudar muita coisa, mas acho que é um sonho".
Fonte: TV Anhanguera (afiliada Rede Globo), 21 de maio de 2012