Ele diz que já teve de gastar R$ 4.500 após uma enchente em 2011 ter danificado quatro carros, as cancelas e o quadro de luz da guarita.
Em 2012, Jeânio aceitou avulsos e mensalistas, mas teve de levar os carros para um posto de gasolina quando choveu. Neste ano, ele estima um prejuízo de R$ 15 mil por mês com a proibição.
Quem trabalha nas lojas do local confirma as inundações. Na Club Caché, de roupa feminina, os manequins ficam sobre 40 cm de tábuas. "Não é decoração, é por causa das enchentes mesmo", avisa a vendedora Joclecia Matos.
Na World Tennis e nas Lojas Americanas, a solução foi instalar comportas na vitrine. Sem piscinão
Enchentes são problema crônico na área, que já teve esse tipo de problema quatro vezes só neste ano. Em 2011, levantamento da Folha e do Centro de Gerenciamento de Emergências mostrou que a região fica submersa pela chuva a cada 17 dias no verão.
A causa principal é o fato de se tratar de uma área de baixada. A prefeitura já estudou a construção de um piscinão ali próximo, mas descartou o projeto, tido como muito caro e demorado.
Segundo nota da prefeitura, a alternativa é ampliar a vazão de dois córregos subterrâneos do local, o Sumaré e o Água Preta. A obra, orçada em R$ 140 milhões, foi contratada, mas aguarda licenciamento ambiental, sem prazo para ser concedido.
Fonte: Folha de S. Paulo, 14 de fevereiro de 2013