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Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país. Avenida Brasil, principal acesso à cidade. Realengo, bairro da Zona Oeste. Toda quinta-feira uma festa faz o local tremer. O encontro para ver quem tem o som mais potente é feito em um estacionamento bem na beira da via expressa, longe das ruazinhas de Realengo.
"Não tem residência próxima, e a galera se reúne até as 21 horas para fazer esse encontro", explica o organizador Avandir Barros.
Agora imagina circular em um bairro residencial. Em Aparecida, na Região Metropolitana de Goiânia, os 90 decibéis são como se o trânsito de São Paulo passasse dentro do apartamento.
Jeferson e Verusca moram no quarto andar. Embaixo, fica a Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida. É para o pátio da secretaria que são levados os carros apreendidos por perturbar o descanso da vizinhança.
Aparecida decretou tolerância zero ao barulho excessivo. O som que invadiu o apartamento do casal foi ligado a pedido do Fantástico para se ter uma ideia de como é conviver de verdade com essa situação.
O que está em vigor em Aparecida é a mais nova tentativa de combater esse problema nacional. Os fiscais da Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia receberam 15 ligações de moradores que reclamavam que não estavam conseguindo dormir porque o som estava muito alto. Os fiscais e os policiais chegaram e a festa acabou. "O seu carro está sendo apreendido por perturbação do sossego e poluição ambiental", diz o fiscal.
De cada dez ligações feitas ao Disque Denúncia na cidade, nove costumam ser por causa de som no último volume, geralmente em carros.
O limite agora, na cidade, é de 70 decibéis. Passou disso, o carro é levado. Em três semanas, foram 35 apreensões. Por enquanto, o dono do carro paga a multa e retira o veículo. A partir de março, quando a medida completará dois meses, o responsável pelo barulho vai responder por crime ambiental e por perturbação do sossego público.
"Teve até ligação que vizinho estava passando mal de ir para o hospital", conta o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente, Fábio Camargo.
"O barulho provoca produção maior de adrenalina, noradrenalina. Tudo isso causa no paciente também a pressão alta, pode causar ansiedade, aumento dos batimentos cardíacos, e isso influencia no organismo de uma forma geral", explica a médica da Academia Brasileira de Neurologia Carla Jevoux.
No Autódromo de Goiânia, que fica afastado da cidade, um teste mostra a potência que têm os veículos que são equipados com som automotivo. O teste começa com flores, vai para as pedras de gelo e, no teste final, nem o tijolo resiste à potência das caixas de som.
Fonte: programa Fantástico (Rede Globo), 10 de fevereiro de 2013

Categoria: Geral


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