Foi justamente na Pirajussara que um ciclista morreu atropelado por um caminhão em fevereiro. Outro ciclista já havia morrido na mesma via, em 2012. As mortes foram seguidas por protestos. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que fará o trecho até o metrô. A Subprefeitura do Butantã, responsável pela ligação até Taboão, diz que só espera liberação de verba. Completa, a ciclovia terá cerca de 5 km.
ROTA DE TRABALHO
A rota é usada durante a semana por ciclistas que se deslocam de Taboão até o centro expandido de São Paulo para trabalhar. No domingo (15), em um percurso rápido de carro ao lado da ciclovia, a reportagem contou 11 ciclistas. Um levantamento feito na terça (10) pelo Ciclocidade (associação dos ciclistas urbanos de São Paulo) verificou a passagem de 648 ciclistas entre as 6h e as 20h. Em 2013, no mesmo ponto (esquina com a rua Dr. Jacob Salvador Zveibel) e horário, foram 580. O trecho inaugurado dia 15 é do tipo bidirecional, em canteiro central. "Não é o melhor. Dificulta o acesso às imediações. Deve ser a última opção, mas a prioridade era tirar do papel", diz Daniel Guth, diretor do Ciclocidade. Apesar da crítica, Guth diz que não haverá grandes problemas, já que se trata de uma espécie de "ciclovia expressa" para trabalhadores. Para o cicloativista Cléber Anderson, o ideal seria ligar a ciclovia da Eliseu de Almeida à da avenida Faria Lima, cujo primeiro trecho foi inaugurado em 2012. "Mas seria preciso fazer a adequação da ponte Eusébio Matoso."
Fonte: Folha de S. Paulo, 16 de junho de 2014