Além do híbrido, apenas o carro a gasolina aumentou as vendas este ano, mas num índice bem menor, de 4,3%, enquanto todas as outras fontes de energia tiveram queda de vendas no período. O crescimento do motor a gasolina é resultado do aumento de vendas de alguns modelos que alcançaram grande volume, como o Golf, que passou a ser importado da Alemanha com esta propulsão, o Audi A3 sedã e o Hyundai i30.
As vendas de carro tetracombustível: álcool e gasolina (flex) + gás, foram as que mais caíram até maio: foram 1.681 unidades neste ano contra 2.247 de janeiro a maio do ano passado.
O carro flex, que representa a maior parte das vendas (88%), também teve queda no período, de 5,9%, e os modelos movidos a diesel sofreram retração de 3,5% (de 85.051 para 82.082 unidades).
Além dessas, o mercado brasileiro oferece outras sete fontes de energia, sendo que a maioria é resultado de duas ou mais fontes combinadas. Todas elas, no entanto, são experimentais, não têm volume comercial, com exceção do motor a álcool, que já não é comercialmente viável, mas ainda faz presença com uma ou outra unidade.
Entre as fontes de energia alternativas que o Brasil dispõe estão: gás metano, gasogênio, combinação diesel + gás natural e combinação gasolina + GNV.
O carro híbrido já é uma realidade em vários países e só não decolou no Brasil porque ele não tem uma classificação fiscal. Sendo assim, entra no item ?outros?, recolhendo a maior carga tributária entre todos os tipos de combustível.
Essa situação está prestes a mudar: a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, atua junto ao governo federal para que o carro híbrido, assim como o elétrico, tenha algum incentivo tributário. A expectativa é que o pacote de incentivos seja divulgado em breve e que ele contemple a eliminação total do IPI, que é de 25% para carros importados. Os empresários acham que essa medida ? adicionada a outras, como a isenção do IPVA, já aprovada na cidade de São Paulo - vai propiciar um rápido crescimento das vendas de híbridos no Brasil. Atualmente o modelo mais barato com a tecnologia é o Toyota Prius, custa R$ 120,8 mil.
Fonte: revista Autoinforme, 11 de junho de 2014