Depois dos marronzinhos, agora são os fiscais de Zona Azul que usam palmtops para transmitir e armazenar informações sobre o trânsito de São Paulo.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) distribuiu 68 aparelhos para os cerca de 150 funcionários envolvidos na fiscalização das vagas públicas de ruas e avenidas da capital. "Vamos fazer um rodízio entre os agentes. Mas a idéia é que cada um tenha o seu palm", afirma Celso Buendia, gerente de Estacionamentos da CET.
Como os marronzinhos, os fiscais de Zona Azul não poderão fazer autuações pelo palm - nem há prazo para isso. Por enquanto, os aparelhos servirão para armazenar dados gerais como rotatividade das vagas, taxa de ocupação, buracos e problemas com a sinalização no solo e nas placas. "Com o palm, os agentes terão mais agilidade para se comunicar com a central.
Hoje eles estão isolados", diz. A adoção dos palmtops é parte do projeto da CET para monitorar eletronicamente as 32 mil vagas de Zona Azul da cidade. Desde o ano passado, a companhia avalia um projeto em teste na Praça Charles Miller, no Pacaembu, e na região da Praça da República e do Largo do Arouche, no centro.
Por esse sistema, o motorista vai a um dos 20 postos de venda e compra créditos - a tarifa é de R$ 1,80 por hora. O fiscal usa o palm para consultar a validade dos créditos. Mas ainda é preciso usar o talão para autuar. "A principal vantagem da Zona Azul eletrônica é que conseguimos eliminar intermediários", diz Buendia. Em alguns bairros, onde a demanda por vagas é grande, flanelinhas vendem uma folha com ágio de quase 100%. A CET pretende ampliar o quadro de funcionários da Zona Azul. Um concurso interno, que já está em andamento, vai preencher 50 vagas.
Fonte: O Estado de São Paulo (São Paulo), 24 de abril de 2007