Os guardadores de carros, mais conhecidos como flanelinhas, que atuam nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica deverão se cadastrar na Polícia Civil até a próxima segunda-feira. Mas para Antônio Marcos Costa, 53 anos, isto não é novidade.
O flanelinha, que trabalha há 36 anos na Rua 23 de Maio, na região do Parque Moscoso, na Capital, diz que já fez, pelo menos, cinco cadastros.
"O primeiro foi na Associação de Moradores da Vila Rubim, depois no Conselho Interativo de Segurança do bairro. O terceiro que fiz foi no Batalhão da Polícia Militar, também na Vila Rubim e, em seguida, na delegacia da Praça Oito. O quinto cadastro foi na Delegacia de Entorpecentes, mas ainda não fiz esse último".
A chefe da Superintendência de Polícia Metropolitana, delegada Neusa Santos, informou que desconhece o fato. "Não constatamos nada desse tipo. O que pode ter acontecido é que ele não preencheu todo o cadastro".
A delegada disse ainda que os flanelinhas receberam o cadastro de uma forma muito boa e que esse processo vai ajudar no levantamento de quantas pessoas trabalham nas ruas da Grande Vitória nessa atividade. Quem tiver passagem pela polícia não poderá atuar na área.
A delegada garante que, se a procura dos flanelinhas for grande, o prazo pode aumentar um pouco. "Posso prorrogar o atendimento nas delegacias por mais um dia", disse.
Como se cadastrar
* Os flanelinhas devem procurar as delegacias distritais ou as unidades do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) dos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica ou Serra
* No preenchimento do cadastro, eles devem informar nome, filiação (nome do pai e da mãe), apresentar Carteira de Identidade, local onde trabalhar e endereço
Guardadores serão capacitados
A chefe da Superintendência de Polícia Metropolitana, delegada Neusa Santos, disse que o cadastramento dos flanelinhas não será apenas para saber quantas pessoas estão nas ruas da Grande Vitória trabalhando na atividade. "Estamos tentando realizar um trabalho com as prefeituras para oferecer educação e capacitação para os flanelinhas".
Os cadastrados serão identificados com um crachá que, segundo a delegada, será implantado em outra etapa do projeto. "Os crachás vão demorar um pouco mais e serão entregues mais adiante. Temos que parcerias com gráficas", disse. A fiscalização da polícia sobre a identificação também será constante.
Fonte: A Gazeta (Espírito Santo), 29 de março de 2007