Para começar, o mais básico de todos: o cinto de segurança, item essencial para assegurar a integridade física de todos os ocupantes. Apesar de ter o uso obrigatório por lei e muitos brasileiros terem se acostumado a afivelá-lo assim que entram no carro, há muita gente que ainda o despreza.
Primeiro vale ressaltar que a peça que deixa o cinto mais folgado compromete o funcionamento do sistema e pode acarretar ferimentos evitáveis. Outra questão primordial é que os passageiros do banco traseiro também usem o equipamento. Caso contrário, em uma batida, eles serão jogados para frente com muita violência e poderão prensar os ocupantes da frente causando seqüelas ainda mais sérias.
É bom sempre verificar os engates e os pontos de fixação dos cintos de segurança para certificar-se de que estão bem presos e conservados. As tiras devem ter costuras firmes e preservadas. Os mecanismos também devem ser constantemente lubrificados com óleo. Esse é um item que se pode cobrar de uma concessionária no momento de uma revisão.
A liberação do cinto não pode ser demorada, pois segundos significam muito em acidentes. A manutenção do sistema exige limpeza regular, que pode ser feita com um pano umedecido e uma pequena porção de detergente.
Além do cinto, há outros equipamentos de segurança indispensáveis que são ainda mais desprezados pelos motoristas: estepe, triângulo de sinalização e extintor de incêndio, todos obrigatórios por lei. Já outros itens como o macaco e a chave de rodas são facultativos, porém, manda o bom-senso que não faltem no porta-malas.
O macaco exige cuidado redobrado, já que cada modelo de carro tem um local específico para o encaixe da peça e o uso incorreto pode causar acidentes sérios. Siga as instruções do manual do proprietário. Já o estepe deve estar sempre calibrado e, de preferência, balanceado. Caso você tenha de usar um estepe e a calibragem esteja baixa, prefira colocá-lo no eixo contrário ao do motor - uma vez que suporta menos peso. Ou seja, na maioria dos carros, nas rodas traseiras.
Uma prática comum na hora de trocar os pneus é comprar três novos, pegar o pneu zerado que estava no estepe e colocar um usado como sobressalente. Nada de errado nisso, desde que o pneu ainda tenha condições de uso seguro.
Quando furar um pneu, a primeira dica é manter a calma ou, ao menos, tentar não entrar em pânico com o carro parado em uma rua de grande fluxo, ou pior ainda, em um local ermo. Quem possui seguro deve acioná-lo imediatamente. Mas lembre-se de sinalizar o carro com o triângulo, que indica a existência de um veículo com problemas e deve ser colocado a uma distância mínima de 50 metros.
Em uma situação mais extrema como um incêndio, que é muito raro, mas acontece, é importante saber onde fica o extintor. Munido dessa informação e de muita calma, você pode controlar o foco do incêndio em poucos segundos. Para utilizar o extintor, retire o lacre de inviolabilidade, levante a alavanca e aperte o gatilho na direção do fogo.
Porém, não é qualquer extintor que o motorista pode ter em seu carro. Segundo a resolução 157, do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o equipamento tem de ser do tipo ABC, que combate fogo em plásticos, borrachas, espuma dos bancos, carpete e estofamento (que correspondem à categoria de classificação A), em combustíveis líquidos (categoria B) e não provoca curto-circuito (categoria C). Desde 1º de janeiro de 2005 todos os carros novos comercializados no País - nacionais ou importados - trazem, obrigatoriamente, extintores com carga de pó ABC.
A partir de 1º de janeiro de 2010, todos os veículos em circulação já deverão portar o extintor com carga de pó ABC. Para saber quando fazer a substituição do extintor de incêndio do seu carro, basta verificar a data de fabricação do extintor atual (original) ou a do último teste hidrostático (recondicionado).
Fonte: portal G1, 9 de novembro de 2008