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A indústria brasileira de shopping centers não pára de crescer. Para este ano, estão previstas 11 inaugurações de centros de compras, que se juntam aos 346 shoppings já existentes no País.

Apenas na cidade de São Paulo serão quatro novos empreendimentos, voltados para diversos perfis de público. Diante desse cenário, o caminho para aqueles que querem continuar na briga pela preferência do consumidor foi buscar revitalização e ampliação.

Quem saiu na frente foi o Morumbi Shopping. Após realizar investimentos de R$70 milhões, inaugurou no fim do ano passado uma ala com 80 novas lojas, totalizando 480 opções de compra.
Caminho semelhante seguiu o Shopping Eldorado, que investiu R$25 milhões em revitalização e abertura de lojas.

Segunda o superintendente do centro de compras, Guilhermo Bloj, a reforma foi uma maneira de atender à demanda do público, que buscava marcas consagradas e opções de serviços e diversão que o shopping não oferecia.

"O Eldorado voltou a atrair um público que havia se afastado. O principal chamariz foi a reforma dos cinemas, que atualmente são um dos grandes geradores de fluxo de pessoas", afirma. o resultado, segundo ele, foi um aumento de 20% nas vendas por metro quadrado e de 11% a 12% no fluxo desde as reformas.

Lojistas - Uma dúvida que fica relacionada aos impactos dessas ações sobre os empresários que já possuem lojas nos shoppings. Para Luiz Paulo Fávero, coordenador do Programa de Administração de Varejo (Provar), o lojista precisa sempre ser envolvido nas ações, para que possa se adaptar ao novo apelo do empreendimento.

Foi o que ocorreu com a loja de moda feminina Quatsi. De acordo com a diretora e proprietária da rede, Helena Raquel Jardinowisk, a inauguração da ala do Morumbi Shopping levou novo fôlego aos lojistas antigos, que se sentiram estimulados a também se renovar.

"Devido ao público que o shopping passou a atrair, decidimos renovar nossa loja, que passou por uma ampla reforma para ficar mais de acordo com o perfil desse novo consumidor", diz Helena. O resultado, segundo a gerente da loja, Dione Bezerra da Silva, foi um aumento de vendas de 20% no mês de junho.

Para Helena, ao trazer marcas famosas para o shopping, o Morumbi ganhou projeção, o que também ocorre com os empresários instalados no local.

Opinião semelhante tem a gerente da Spicy, Cíntia Figuerola de Assis. A loja de acessórios de cozinha decidiu pegar carona na ampliação do Morumbi e também reformou a loja, que recebeu novo projeto arquitetônico. "Isso, aliado ao público que passou a freqüentar o Morumbi, garantiu incremento de 35% no faturamento da Spicy", diz Cíntia.

 De acordo com ela, houve reforço no perfil de público que circula no shopping, agora mais concentrado nas classes A e B.  "E isso acaba se refletindo também nas nossas vendas."

Na avaliação do diretor-executivo da associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Luiz Fernando Veiga, o comércio em centros de compras está cada vez mais prestigiado, como prova o momento de euforia que o setor atravessa, com grandes grupos adquirindo participação em outros.

"Tenho a convicção de que, quanto maior a competição entre os shoppings, melhor fica a situação para o lojista e, claro, para o consumidor."

Fonte: Diário do Comércio (São Paulo), 25 de junho de 2007

 

Categoria: Mercado


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