Enquanto a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) discute há vários anos mudanças no rodízio municipal de veículos, os vereadores paulistanos também pretendem imprimir alterações na restrição. Há pelo menos 10 projetos sobre o tramitando na Câmara Municipal. Dois deles são de autoria do vereador do PSDB Ricardo Teixeira.
Um, que já foi aprovado em primeira votação e está na pauta para o segundo turno, propõe proibir o estacionamento de veículos inclusive nas áreas de Zona Azul, nos mesmos períodos em que vale o rodízio - de 7h às 10h e de 17h às 20h. Com essa medida diz o parlamentar, o espaço para circulação, acrescenta.
O outro projeto de Teixeira pede a extensão do rodízio para toda a cidade, inclusive bairros da periferia, em vez de a restrição só valer no centro expandido, como hoje. Ao mesmo tempo, ficariam liberadas para a circulação de qualquer veículo, independentemente do final da placa, apenas as vias importantes que fazem a ligação entre rodovias, que compõem o chamado minianel viário, como as Marginais do Tietê e do Pinheiros, Cebolão, Avenida Salim Farah Maluf, etc.
"Hoje, em qualquer dia da semana, pouco antes de o rodízio começar a valer, formam-se filas de carros parados em todas as rodovias que chegam à Capital. São pessoas que têm que esperar o rodízio acabar para poder entrar em São Paulo", justifica o vereador.
A ex-vereadora Bilu Vilela (PTB) propôs excluir do rodízio os motoristas com idade igual ou superior a 60 anos. Toninho Paiva (PL) apresentou projeto que prevê a suspensão automática do rodízio todas as vezes que houver alteração de rotina na Cidade, como greve de transportes e manifestações.
E em 2005, Goulart, do PMDB, já tinha proposto a colocação de placas indicativas em todas as vias atingidas pelo rodízio. Há ainda propostas para excluir do rodízio ambulâncias e também veículos blindados.
Fonte: Jornal da Tarde (São Paulo), 27 de junho de 2007