Após 90 dias em testes, os sete parquímetros instalados em Icaraí, Zona Sul de Niterói, foram aprovados pela Prefeitura de Niterói. Mesmo após a tumultuada instalação que, no final de setembro, resultou na destruição de três equipamentos e o roubo de outros três, o balanço foi positivo.
A secretária municipal de Serviços Públicos, Trânsito e Transportes (SSPTT), Dayse Monassa, explica que o sistema eletrônico se mostrou eficiente e atendeu às necessidades da população."Estamos satisfeitos porque a maior parte da população conseguiu compreender como funciona o equipamento e o objetivo da mudança, que é oferecer ainda mais qualidade de vida para os usuários do trânsito niteroiense", analisa a secretária.
A intenção da Prefeitura é que 700 modelos iguais aos existentes hoje sejam instalados nas ruas do Centro e Icaraí, contabilizando 1.400 vagas. Mas, para isso, a NitPark – empresa que administra o serviço de estacionamento rotativo na cidade – precisa encontrar uma solução para evitar que os equipamentos sofram com ações de vândalos.
"A NitPark precisa somente escolher a melhor solução para que os demais parquímetros possam ser alocados de forma a não danificar o sistema, já que cada equipamento custa R$ 1.500. Neste momento, começarão as discussões para que todos decidam sobre o futuro do serviço de vagas", comenta a secretária.
Durante o primeiro mês de testes, os fiscais da Secretaria de Serviços Públicos, Trânsito e Transportes (SSPTT) estiveram nas vias e entrevistaram 89 motoristas. A pesquisa comprovou que 88% das vagas são utilizadas no período entre 30 minutos e 2h30.
O sistema de cartelas existente hoje tem duração de três horas, não acumulando tempo caso o motorista saia antes do período total. Com os equipamentos eletrônicos, a chave – que será vendida por agentes da Nitpark e em bancas de jornal – armazenará os minutos restantes e poderá ser recarregada a qualquer momento como um telefone celular pré-pago.
A professora Marietta Souza Ribeiro, 37 anos, aprovou o sistema, que é similar ao utilizado no seu país de origem, a Áustria.
"Lá é um sucesso. É um sistema inteligente, que facilita a vida de todos e onde ninguém perde dinheiro. Só espero que toda a cidade seja beneficiada", analisa.
A médica Juliana Lobo, de 24 anos, diz que, para atender a seus pacientes, muitas vezes permanece com o carro na vaga por 20 minutos, não acumulando o tempo restante.
"Esse sistema realmente é mais justo porque a gente paga somente pelo que é consumido. Fico pouco tempo com meu carro estacionado e sou obrigada a pagar pelo mesmo tempo de quem fica por três horas. Com o novo mecanismo a nossa vida vai ser bem melhor", afirma a médica.
Fonte: O Fluminense (Rio de Janeiro), 10 de janeiro de 2007