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Estacionamento é solução e não problema

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Por Jorge Hori*

Se formos pelas notícias da mídia, no ano que vem não teremos mais carros nas ruas, em todas as cidades do mundo. Se não for ano que vem, será logo depois.

Os movimentos mundiais anticarros têm capacidade de ocupar os espaços da mídia e chegam a influir em decisões empresariais e políticas, mas não conseguem influir sobre os protagonistas mais importantes: os usuários do automóvel.

A sua influência efetiva é sobre um pequeno grupo de ativistas que - aparentemente - vem crescendo em todo o mundo, mas quantitativamente marginal.

O que esses movimentos têm conseguido é transformar o comportamento anticarro em politicamente correto. E, ao contrário, transformar a defesa do carro em incorreta.

Mas não conseguem a coerência entre o discurso e a ação. Uma grande parte dos ativistas anticarro faz o discurso, mas não abandona o seu carro.

Nas grandes cidades brasileiras, a crise econômica reduziu as frotas operacionais de veículos de passeio, reduziu a venda de carros no mercado interno, reduziu a demanda dos estacionamentos. Só não melhorou os congestionamentos. Se houve redução na circulação de veículos, isso não foi notado pela população urbana. A sensação foi a contrária. O que tinha fundamento. A frota não cresceu, como anteriormente, mas a circulação aumentou, por conta das novas tecnologias.

O politicamente correto vem perdendo relevância, pela sua ineficácia e geração de sequelas indesejáveis.

Não obstante, esses movimentos seguem acusando os estacionamentos de causadores do aumento dos congestionamentos e da poluição ambiental, por incentivar o uso do automóvel.

Continuam sustentando essas ideias, apesar de serem desmentidos pelos fatos.

O mercado imobiliário está se recuperando, com diversos novos lançamentos. Todos oferecendo vagas. Sem vagas, não vendem.

A indústria automobilística vem reagindo aos movimentos anticarro. Já anunciaram a eliminação do diesel, para os automóveis. Mas não o retiraram dos caminhões. Estão vendendo a ideia do carro elétrico. Muda o combustível, mas o carro continua.

A moda é o carro autônomo. Que resolveria todos os problemas, menos um: o uso das vias terrestres. Consequentemente, não resolverá o problema dos congestionamentos.

Acabar com os estacionamentos não é saída para reduzir os congestionamentos. É solução e não problema.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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