A Prefeitura de São Paulo anunciou esta semana que a partir do dia 26 quem estacionar no parque Ibirapuera terá de pagar. Isso porque será implantada em 600 das 1.000 vagas do parque uma Zona Azul especial. O sistema do estacionamento do Ibirapuera permitirá estacionamento por até 4 horas na mesma vaga e o cartão de 2 horas custará R$ 1,80. Na Zona Azul convencional da cidade o cartão de uma hora custa R$ 1,80 e o veículo tem prazo máximo de 2 horas de estacionamento.
De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, a medida visa a estimular os freqüentadores a utilizarem outro tipo de transporte que não o veículo particular para acessar o parque, além de inibir o uso indevido das vagas do Ibirapuera por pessoas que visitam ou trabalham em outros empreendimentos das redondezas.
A decisão é polêmica e já causou manifestações contrárias. O vereador Carlos Giannazi (PSOL) protocolou no Ministério Público Estadual uma representação contra a iniciativa da Prefeitura e promete fazer neste fim de semana um abaixo-assinado contra a implantação da Zona Azul no parque. Para ele a medida é elitista e "resume a fúria arrecadatória" da gestão Gilberto Kassab.
O secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, admite que a Zona Azul é uma solução provisória para o problema de falta de vagas no parque. A pasta solicitou à Emurb que analise a viabilidade de criar garagem subterrânea no local.
A construção do estacionamento sob o Ibirapuera já foi alvo da Prefeitura. A então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, decretou e promulgou a Lei nº 13.688, em 19 de dezembro de 2003, que "autorizou o Executivo a conceder, mediante procedimento licitatório, a exploração de serviço de estacionamento de veículos, precedida de planejamento, construção e implantação de garagens subterrâneas, em áreas situadas nos Distritos da Sé e da República e no Parque do Ibirapuera". A licitação da garagem do Ibirapuera não chegou a ser feita.