Os freqüentadores do Parque Ibirapuera se dividem sobre a instalação da zona azul. "Parece uma boa solução. Quem tem carro dificilmente não vai poder pagar a zona azul", diz a professora Christiane Khatchadourian.
Na semana passada, ela tentou conferir uma exposição na Oca, mas desistiu em razão da falta de vagas. "Por causa da São Paulo Fashion Week estava lotado. Esperei cerca de uma hora e fui embora."
Já o biólogo Rodrigo de Almeida, 29, e o ecólogo Luís Coelho, 30, são radicalmente contra a medida. "Isso não tem cabimento", afirma Coelho. Almeida dá até uma sugestão de como controlar a freqüência no local. "Poderíamos retirar um ticket na entrada e, se ultrapassássemos um determinado número de horas, cinco horas, por exemplo, pagaríamos na saída."
Além de esperar muito por uma vaga, os freqüentadores reclamam da presença de flanelinhas no entorno do parque e, algumas vezes, até dentro dele. Eles cobram normalmente R$ 5 pelo serviço.
O secretário Eduardo Jorge diz que, no interior do parque, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) e seguranças particulares coíbem os flanelinhas.
Fonte: Folha de São Paulo (São Paulo), 31 de janeiro de 2007