O veículo poderá ficar no máximo quatro horas na vaga usando duas folhas; depois disso, o carro pode ser multado em R$ 53,20
A cobrança da zona azul no parque Ibirapuera, uma das áreas de lazer mais importantes da cidade de São Paulo, começa dia 26 deste mês e atingirá 600 das suas 1.000 vagas.
Chamada de "zona azul especial" pela Secretaria do Verde, a cobrança será de R$ 1,80 por duas horas -normalmente, custa R$ 1,80 por uma hora. O veículo poderá ficar no máximo quatro horas na vaga e, para isso, terá de usar duas folhas de zona azul. Depois disso, pode ser multado (R$ 53,20).
A medida começa a valer antes de serem implantadas linhas de ônibus especiais para levar usuários das estações de metrô Paraíso e Ana Rosa até o parque. A Secretaria do Verde pediu à Secretaria dos Transportes e aguarda resposta.
A cobrança terá início no estacionamento do portão 3, perto do Museu de Arte Moderna, e nas vagas localizadas no lado oposto ao Obelisco.
As vagas do autorama e no portão 7 não serão por ora enquadradas na medida. A zona azul funcionará por um período experimental de seis meses. Depois, pode ser ampliada.
Funcionários da CET venderão talões dentro do parque para evitar que se cobre um valor acima do oficial. A partir do dia 10 serão colocados avisos no local sobre a mudança.
Segundo a Secretaria do Verde, 104 linhas passam perto dos portões do Ibirapuera. Seis percorrem pontos da av. República do Líbano e o restante passa pela av. Pedro Álvares Cabral.
Para o secretário Eduardo Jorge, a zona azul não é solução definitiva para a falta de vagas, mas garantirá maior rotatividade e conforto aos usuários.
Para Cristina Baddini, da comissão de trânsito da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), a medida é positiva. "Pagar para estacionar em local público não é restringir direito. A população tem de se acostumar a usar outros meios de transporte", diz.
Os usuários, porém, discordam. Para o economista Sérgio Pivato, a prefeitura deveria criar mais vagas no local.
Fonte: Folha de São Paulo (São Paulo), 2 de fevereiro de 2007