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A cidade de São Paulo já tem vias com trânsito tão lento na madrugada quanto a Avenida 23 de Maio no horário de pico da manhã. São principalmente rotas próximas a bares e faculdades ou vias de ligação entre o centro e as zonas sul e oeste. Programação defasada de semáforos e poucas faixas de circulação explicam o quadro. Informações do mapeamento inédito feito pela empresa MapLink a pedido do Estado revelam que em algumas avenidas o trânsito do dia avança para a noite. Como a CET não contabiliza em tempo real o trânsito da madrugada, para obter os dados, a MapLink monitorou a circulação de motoristas a partir de aparelhos de geolocalização, os GPSs. E levantou as 24 vias com mais lentidão entre 22 horas e 6 horas do dia seguinte.
No topo da lista aparece a Avenida Brigadeiro Faria Lima, no Itaim-Bibi, zona sul. É a pior, seja em dias úteis ou fins de semana. Alternando-se na segunda e terceira posições estão as Avenidas Jornalista Roberto Marinho e Santo Amaro. O ranking ainda mostra que vias saturadas durante o dia, como Estrada do M"Boi Mirim, na zona sul, também são gargalos de trânsito à noite.
A Avenida Santo Amaro é um exemplo. Em dias de semana, por volta da meia-noite, o trecho entre as Avenidas São Gabriel e dos Bandeirantes é parecido ao do horário de pico: o semáforo abre e fecha sem que os carros se mexam. Quem se arrisca a percorrer a via não consegue velocidade média maior do que 7,2 km/h, o equivalente a uma pessoa correndo. Levando em conta a extensão da Santo Amaro, a velocidade média é de 14 km/h. Para comparação, monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) feito em 2010 em horários de pico mostra que a velocidade média na Radial Leste, sentido centro, é de 18,7 km/h.
Mesmo caminhos centrais da cidade, como a Rua da Consolação e a Avenida Paulista, têm lentidão à noite. Por causa da restrição à circulação de caminhões, a Rodovia Raposo Tavares também recebe um fluxo de carga pesada no período noturno. Na zona norte, são duas as avenidas congestionadas: Inajar de Souza e Engenheiro Caetano Álvares. Para o engenheiro de trânsito Flamínio Fichmann, a falta de opções para quem precisa passar pela região agrava a saturação dessas avenidas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de dezembro de 2011

Categoria: Cidade


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