O órgão afirma que a suspensão do certame é um procedimento de praxe e que, após as "correções necessárias", o edital será liberado. Mas outro problema ameaça o projeto do ônibus dedo-duro. Empresas questionam algumas das exigências feitas pela prefeitura, como a de que os radares tenham certificação do Inmetro (instituto de metrologia).
O instituto diz que não concede nenhum tipo de registro para esse modelo de radar porque ainda não houve a publicação de uma norma federal "estabelecendo os requisitos técnicos mínimos necessários para a realização do processo de avaliação". Os radares instalados em veículos em movimento foram liberados pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) no ano passado, mas não foram definidos critérios de instalação e fiscalização. A situação criou um impasse.
As empresas dizem que, sem o certificado do Inmetro, não podem participar da licitação. Por outro lado, caso a prefeitura revogue a exigência, existe a possibilidade de motoristas pedirem a anulação de multas, alegando que foram registradas por radar não homologado.
A prefeitura afirma que recebeu o ofício do TCM dia 9 e que "as questões apontadas serão analisadas pela área técnica e devidamente respondidas". A secretaria diz que manterá a exigência do certificado. "O processo licitatório exige todos os documentos legais para que haja a efetiva fiscalização com sua utilização."
Fonte: Folha de S. Paulo, 10 de outubro de 2014