Iniciada em 2013, a pesquisa receberá R$ 21,2 milhões em recursos até 2018 para aplicação dos demais estudos, infraestrutura e veículos.
Segundo a CPFL, que contou com CPqD e Unicamp para os estudos, um dos objetivos da primeira fase do programa é também determinar o impacto para a carga de energia elétrica com a utilização em massa de veículos elétricos. Suas projeções iniciais apontam que o uso desta tecnologia, considerando uma frota de veículos elétricos de 5 milhões de unidades, projetada para 2030, consumiria 0,6% da carga total do Sistema Interligado Nacional de energia elétrica. Se a frota fosse de 13,3 milhões de veículos elétricos, este consumo não passaria de 1,7%, apontam as previsões.
Para levantar os dados de economia de custo e de consumo, foram utilizados seis carros, modelo Renault Zoe, que percorreram quase 17 mil quilômetros e consumiram 3.249 KWh de energia, equivalente ao consumo de 16 residências durante um mês. Os veículos deixaram de emitir 2,3 toneladas de CO2 (dióxido de carbono), o total de gás emitido por 27 automóveis populares que rodem 15 quilômetros por dia durante um mês.
"Nossa intenção é estudar amplamente o tema de mobilidade elétrica no Brasil e desmistificá-lo em todos os seus aspectos, confirmando até o fim da pesquisa que o impacto na demanda de energia adicional é controlável. Os investimentos já considerados para expansão do sistema elétrico no País são capazes de suportar a ampliação da demanda por energia trazida com a utilização em massa dos veículos elétricos", explica Rafael Lazzaretti, gerente de Inovação da CPFL Energia.
Os modelos em teste foram utilizados em um laboratório real de mobilidade elétrica e pelas empresas Natura e 3M. A empresa aproveitou o retorno da primeira viagem do Renault Zoe entre a capital paulista e Campinas para divulgar os dados, marcado pelo reabastecimento do veículo na inauguração de um eletroposto no shopping Paulista, no centro da cidade, dia 8.
Fonte: Automotive Business, 8 de outubro de 2014