Enquanto o brasileiro assiste, atônito, a taxistas e "uberistas" em conflito, na Inglaterra, o fabricante dos emblemáticos cabs londrinos anuncia que conseguiu auxílio financeiro de 400 milhões de dólares da prefeitura da capital inglesa para financiar o desenvolvimento do TX5, versão elétrica plug-in do clássico 1958 FX4, apresentado, em outubro, durante a visita que o presidente da China, Xi Jinping, fez ao Reino Unido. A London Taxi Co., fábrica britânica dos táxis, é controlada pelo grupo chinês Zhejiang Geely Holding Group Co., o mesmo que controla a Volvo. As vendas começam no último trimestre de 2017, quando a fábrica terá capacidade para produzir 36 mil unidades por ano, muito além dos 23 mil táxis que compõem a frota de táxis que hoje circula pelas ruas de Londres.
INEXPERIÊNCIA
O sistema Uber de transporte, apesar das pressões contrárias, cresce no Brasil e no mundo. Os usuários elogiam a nova modalidade de locomoção urbana, mas os gestores brasileiros precisam estar atentos à questão da experiência e conhecimento das cidades pelos motoristas aceitos. Eles são todos educados e atenciosos, os carros são novos e limpos, mas seus motoristas são muitas vezes inexperientes (dirigem com insegurança) e nem sempre conhecem os melhores trajetos e locais das cidades em que circulam, fiando-se basicamente no navegador, que nem sempre sugere o melhor caminho. Isso, de acordo com nossa própria experiência, é mais comum com os motoristas do Uber X, a modalidade mais barata.
GREEN BONDS
O incentivo ao fabricante sino-britânico de táxis foi obtido por meio de um projeto de redução da poluição, vendas de títulos verdes (green bonds), que estabelece o prazo de 1º de janeiro de 2018 para que todos os novos táxis londrinos tenham nível zero de emissão. Os recursos têm origem em fundos de investimentos privados que financiam projetos para acelerar a mudança da energia poluidora e combustíveis de transporte para a tecnologia renovável e limpa. A expectativa é de que 56 bilhões de dólares sejam emitidos em green bonds.
DELIVERY NO CARRO
A Volvo Cars lançou, na Suécia, um novo serviço para as compras on-line que promete entregar os produtos dentro do veículo em até duas horas. A iniciativa pioneira faz parte de uma abordagem da fabricante sueca de imaginar novas formas de utilizar o veículo. Por meio do aplicativo urb-it, o cliente acessa uma rede de entregas rápidas que retira sua compra na loja e leva até o seu veículo, no máximo, em duas horas. Uma chave eletrônica especial habilita o entregador a retirar a encomenda e destravar o seu veículo para deixar o pacote lá dentro.
DUAS CAPACIDADES
Quem completa o tanque de combustível do carro às vezes se assusta ao perceber que o valor cobrado pelo frentista indica número de litros superior ao indicado como capacidade máxima no manual do veículo. O primeiro pensamento é de que está sendo ludibriado pelo fornecedor do combustível. Mas antes de partir para o embate é aconselhável solicitar uma auditoria no posto, o que pode ser feito imediatamente, e verificar se o número que o fabricante informou no manual é o volume real da capacidade do tanque. Diante de situações como essa, pesquisas de várias publicações automotivas mostram que não são poucos os carros cuja real capacidade do tanque de combustível é superior à indicada no manual do proprietário. Há casos registrados que mostram diferença de até14 litrosa mais em relação ao indicado pelo fabricante.
PARAR NA HORA CERTA
Consultamos 12 fabricantes de automóveis sobre possíveis variações entre a capacidade do tanque indicada no manual e o real volume. As quatro que responderam dizem o seguinte: podem acontecer variações se o frentista não interromper o abastecimento quando a bomba para automaticamente, acusando que o volume do tanque está completo. A partir daí ocorre a variação, uma vez que existe uma distância entre o tanque e o bocal de abastecimento, onde cabe mais combustível, mas não é recomendado encher até a boca. Nessa área se encontram o canister (filtro) e a linha de retorno de combustível. Se eles estiverem cheios, a durabilidade do tanque acaba sendo comprometida. O abastecimento correto e recomendado é aquele em que a bomba de combustível "desliga" automaticamente.
Fonte: revista Encontro/Brasília, 12/07/2016