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Qualquer pessoa que tenta vender o carro usado quer fechar o negócio pelo preço de tabela. Tarefa difícil, diante de compradores que garimpam o mercado por valores mais em conta. Para valorizar o "passe" do seu carro na hora de vender, especialistas ouvidos pelo G1 dão dicas sobre o que consertar, quais documentos guardar e o que dizer para o comprador, se o carro apresenta algum problema.
O item mais importante para a valorização dos carros é o histórico. De acordo com o consultor da rede Oficina Brasil, Antonio Cesar Costa, é importante reunir as notas fiscais que comprovem todas as reparações e alterações que foram feitas no carro. "Elas são importantes para comprovar o que foi feito no veículo, seja um reparo de embreagem, pintura, troca de pneus, conserto do motor e por aí vai. Isso valoriza o veículo e aumenta a confiança do comprador em você", explica Costa.
Segundo ele, levar o carro em oficinas com boa reputação ajuda a provar a qualidade do serviço prestado. "Por isso é importante ter um mecânico de confiança", diz. O manual do carro preservado com as revisões registradas é outro documento que comprova a manutenção adequada do veículo.
Como por trás de qualquer venda existe a confiança do comprador em relação ao vendedor, o diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), Jose Nogueira, ressalta a importância da transparência sobre os reparos que o carro precisa.
Nogueira recomenda que o proprietário do veículo pesquise o valor do conserto em, pelo menos, três oficinas de confiança. Se o custo ficar alto, uma alternativa é descontar o valor do reparo do preço de venda. Nesse caso, o proprietário deve explicar ao comprador o motivo do desconto do valor e mostrar os orçamentos feitos pelas oficinas.
"Você vê na tabela que o seu carro vale R$ 20 mil. Mas o mecânico diz que o veículo está com batida no motor e que o conserto custa R$ 4 mil. Se não quer arcar com o custo, venda o carro por R$ 16 mil e diga exatamente ao comprador o que é preciso fazer no carro. Isso é uma relação amistosa", recomenda o diretor do IQA.
De acordo com o consultor da Oficina Brasil, a vantagem para o comprador neste caso é que ele poderá escolher o lugar de sua confiança para fazer a reparação. Assim, o negócio traz benefícios para os dois lados.
Com a obrigatoriedade da inspeção veicular nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, manter em dia catalisadores, bicos injetores e escapamentos também agrega valor ao carro. Assim, é o tipo de revisão que vale a pena fazer antes da venda. A troca do filtro do óleo em toda troca de óleo também é importante. "Atenda as exigências da inspeção veicular como se fosse ficar com o carro. A relação comercial na compra é a mesma", observa Nogueira.
Para Antonio Cesar Costa, fazer pequenos reparos antes da venda compensa, porque o visual é o primeiro item avaliado em qualquer negócio. "Com uma raspada no para-choque ou um amassadinho reparado, consigo pegar R$ 1 mil a mais no carro", exemplifica o consultor da Oficina Brasil.
O peso do aspecto do automóvel também abrange o interior do veículo. Peças soltas ou faltando reduzem o preço do carro. "Se quebra um botão e você não conserta na hora, acaba até se acostumando com a ausência da peça. Mas na hora de vender, vai perder dinheiro por algo que com menos de R$ 100 resolveria", ressalta Costa. O automóvel limpo também atrai o interesse da pessoa que pretende comprá-lo.
Para carros que não passaram por revisões ou por trocas de peças necessárias, é recomendável fazer uma vistoria completa antes de vender. Dessa forma, o veículo não perde o valor comercial. De acordo com os especialistas, as peças utilizadas na reparação também contam. Optar por produtos com certificação "original" ou de fábrica é um sinal de qualidade.
Fonte: portal G1, 9 de fevereiro de 2010

Categoria: Geral


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