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A Aston Martin é a mais nobre fabricante inglesa de carros elegantes e de alto desempenho em pequena escala. Lionel Martin e Robert Bumford, que vendiam automóveis da marca Singer, fundaram a Aston Martin em 1913. Com alma de pilotos, os dois se valeram do nome do evento Aston Hillclimb, famosa prova de subida de montanha da época, para formar parte do nome de sua nova empresa.
Seus primeiros carros dominaram os eventos ingleses de trial (provas de habilidade com obstáculos) e de velocidade para automóveis. Mas o sucesso na competição não se refletiu em segurança financeira e, em 1947, o industrial britânico David Brown comprou a companhia. O DB4 de 1958 foi o primeiro Aston realmente moderno e seu sucessor, o DB5 (foto), foi o mais famoso, fazendo o papel de carro de James Bond em seus filmes de espionagem, com maior destaque para o filme "007 Contra Goldfinger".
Desde o modelo DB2 a Aston produzia um veículo de bom desempenho em torno de um forte motor de seis cilindros em linha. A Aston, que sofria cada vez mais restrições orçamentárias, lançou um motor V-8 de 5,3 litros com o DBS em 1969, e durante os anos 70 e 80, baseou sua produção nesses caros carros de grã-turismo, construídos em torno de seu vigoroso motor.
Modelos como o Vantage V-8 e o Virage foram pesos-pesados que conquistaram mais respeito do que paixão. Isso começou a mudar na metade dos anos 1990, quando a Aston voltou para a fórmula de seis cilindros em linha com o DB7, um belo cupê que sinalizou um ressurgimento dos Astons como objetos de desejo por causa de seu visual e de seu elevado desempenho.
O Aston Martin DB1
A pequena Aston Martin estava passando por problemas financeiros na época em que o industrial David Brown a adquiriu em 1947. É claro que a firma já tinha uma história de altos e baixos. O primeiro Aston Martin foi fabricado em 1914, embora as vendas não tenham começado até 1921, enquanto os anos 30 trouxeram tempos difíceis, diversas mudanças de donos e nenhum modelo totalmente novo.
A tomada de controle por parte de David Brown possibilitou novos investimentos e chegou ao mercado, em 1948, o Aston Martin DB1. A designação DB obviamente indicava o primeiro modelo de David Brown. Embora muito bem projetado, o chassi do DB1 era adequado apenas para uma produção limitada. Isso sem dúvida tornou a produção do carro extremamente cara.
Na verdade, o DB1 era pouco potente, e somente 15 unidades foram vendidas. Seu motor de 2 litros produzia respeitáveis 91 cv (potência bruta SAE), mas isso era quase que totalmente anulado pela pesada carroceria do conversível de quatro lugares que compreendia a maioria dos exemplares.
O Aston Martin DB5
No outono europeu de 1963 nascia o Aston Martin DB5. Embora mantivesse o chassi básico, o desenho da carroceria e o trem de força do último modelo DB4, o mais novo Aston era novamente um carro diferente em muitos aspectos. É interessante notar que, embora tenha sido fabricado por mais dois anos apenas e tenham sido vendidos 1.021 exemplares, ele se tornou um dos mais famosos entre todos os Astons.
A melhor forma de começar a descrever o Aston Martin DB5 é iniciar com o DB4, a partir do qual ele foi desenvolvido. A sólida plataforma de chassi de aço estampado, com 245 cm de distância entre eixos, e o motor básico seis cilindros DOHC foram mantidos, assim como a opção do cupê de quatro lugares e os modelos conversíveis levemente menos espaçosos. No entanto, um aumento de 4 mm no diâmetro dos cilindros elevou a cilindrada do motor de 3,7 para 4 litros. No modelo padrão original (com três carburadores SU), o DB5 ainda produzia 286 cv. Uma capota de aço removível permaneceu opcional para ele.
Naquela época, o Aston Martin DB era não apenas mais rápido, mas significantemente mais pesado do que nunca. O típico cupê DB5 pesava perto de 1.650 kg, 200 a mais que o DB4 de cinco anos antes. Mesmo assim, seu desempenho era bom o suficiente para alcançar 225 km/h. Mas o peso extra resultou em um maior consumo de combustível e a maioria dos proprietários logo descobriu que não conseguia mais que 6,3 km/l.
Apesar de ser um verdadeiro puro-sangue feito à mão na melhor tradição inglesa, o DB5 era um dinossauro em alguns aspectos. Por exemplo, ele ainda não tinha ar-condicionado. E também não havia direção hidráulica, de forma que era preciso ter braços fortes para tirar o melhor do carro em estradas sinuosas. Pernas fortes também ajudavam. A combinação do DB5 de estilo italiano e alguns detalhes definitivamente ingleses tinham um charme inegável, mas seus defeitos pareciam mais intoleráveis - e menos profissionais - com o passar dos anos. Corrigi-los seria a missão do próximo projeto da Aston, o DB6.
Fonte: HowStuffWorks, fevereiro de 2010

Categoria: Mundo do Automóvel


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